A postura de Aristóteles em privilegiar a vida ensimesmada do homem sábio, opunha-se a dos sofistas que circulavam em meio aos lugares públicos como também àquela que Sócrates levou, mas que depois tornou-se comum entre os estóicos e os epicuristas do período helenístico. Essa apologia ao pensador, oposta ao do homem de ação, ao político, deve-se igualmente à motivos históricos bem concretos. Na época de Aristóteles, que viveu por inteiro no século IV a.C., deu-se o declínio definitivo da polis. A independência das cidades-estados gregas deixara de existir, independência que o grande orador ateniense Demóstenes tentou de todos os modos inutilmente defender. No seu lugar ergueu-se o poder dos reis macedônicos, de Felipe II e do seu filho Alexandre, o grande, educado por Aristóteles. A nova autoridade suprimiu com a autonomia delas, ocupando-as com guarnições de soldados reduzindo-as a pequenos átomos do grande império helenístico que eles construíram e com o regime dos diádocos que sucedeu a Alexandre após a morte precoce dele em 323 a.C.. Com o fim da vida política local não tinha realmente nenhum sentido preparar-se para as injunções da política ou para as questões públicas em geral.
Um viés de um templo | ||
Uma vida dedicada a buscar a verdade | ||
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