Chico Bruno: A Lula o que é de Lula
Publicado por Adriana Vandoni em 26/11/2009 às 13:42 hs. Acompanhe as respostas pelo RSS 2.0.
Por Chico Bruno
O presidente Lula na primavera deste mês de novembro recebeu, em curto espaço de dias, três presidentes de países do Oriente Médio. O primeiro foi o presidente de Israel Shimon Peres. Logo em seguida o da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas e por último o do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
Um feito inédito.
Nunca antes na história do Brasil aconteceu um evento de tamanha magnitude nas relações diplomáticas do país.
Ponto para Lula. Ao presidente o que é do presidente.
Aqui não convém discorrer sobre os regimes presididos por Peres, Abbas ou Ahmadinejad, como o fizeram os que protestaram contra a visita do iraniano.
Convém discorrer sobre o papel do Brasil em receber nesta primavera de novembro autoridades tão dispares entre si.
Lula o fez por pragmatismo e pela inserção de seu governo no mundo.
As três visitas precisam ser analisadas colocando-se de lado as disputas.
Não dá para se reduzir as relações diplomáticas brasileiras a uma simples querela entre o bem e o mal, como alguns pretenderam fazer.
Lula conseguiu harmonizar um discurso factível e hegemônico para os três visitantes.
Além disso, como disse Lula foi uma demonstração “da diversidade das relações internacionais do Brasil”.
Para Lula é preciso avaliar quem está na direção oposta à paz para deixar de fora das negociações.
- Precisamos detectar agora é quem não quer a paz, a quem interessa que não haja paz no Oriente Médio. Alguém está ganhando com isso.
Essa declaração não precisa ser decifrada. Ela sintetiza todo o rumo da prosa de Lula com Peres, Abbas e Ahmadinejad.
Ao pronunciá-la, Lula colocou todo mundo em guarda.
Afinal, na disputa do Oriente Médio sempre alguém está ganhando.
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