Li num jornal sobre os diferentes
preços de cestas básicas pelo Brasil e resolvi fazer uma avaliação da minha
cesta básica, claro, aqui não existe nenhum produto sofisticado que as vezes são
consumidos para satisfação do ego, muito menos pelo sabor.
(Maria quase não usa açúcar, usa
adoçante)
Açucar
6 kg Preço médio nos grandes
supermercados: 1,60 X 6 = 10,60
acumulado 10,60
Arroz (Maria também não consome muito
arroz
Melhor ser alegre do que triste...O
poetinha falou assim,E assim é que é bom viver...É assim desse jeito que se
deve querer viver...Mas existem umas misturas Que devem ser feitas todas as
manhãs Com o auxilio do tempo. É preciso estar disponível para a alegria,
então, não existe medida nem peso quanto
mais disponível melhor. Estar disponível é ter vontade
Numa sociedade em que a verdadeira divisão de classes está entre os
que; têm conhecimento e os que não têm, 70% estão condenados desde já, em grau
maior ou menor, a ficar no bloco dos perdedores. Se bem que existe outra realidade menos
agressiva a dos “com diploma e sem emprego” cujo fator responsável pode estar no perfil pouco dinâmico para
enfrentar o “batente” e ainda fatores de
avaliação de um candidato nos famosos 30 segundos para causar uma boa
impressão. Existem os que não tem diploma mas que sofre de desemprego por conta
de uma incompatibilidade com a profissão escolhida, enfim a maioria não passou
por uma avaliação de aptidão e como num sorteio define o que quer ser
profissionalmente e não para o que lhe ofereça maior oportunidade.
A crise de empregos que assola o país
produz um fenômeno ainda pouco estudado pelos acadêmicos: o chamado desemprego
intelectual. O conceito, criado na Itália, designa tanto aqueles profissionais
com formação universitáriaque se sentam nos bancos de praça
devorando os classificados de jornal, quanto aqueles que têm formação superior numa
determinada área, mas trabalham em outra, totalmente diferente - e que
geralmente exige menor escolaridade. É o caso do engenheiro que virou
comerciante, da psicóloga que ganha a vida vendendo bombons caseiros e do
arquiteto que garante que apenas 'está' taxista.
Quem decide escolher e esperar o que fazer não é
preciso ter um diploma de sociologia para concluir que muito pouca gente, aí,
está a caminho da prosperidade largou o estudo por uma pura e
simples questão de sobrevivência. .Gente que deixou o tempo passar e não
se qualificou, a cada dia que passa, mais longe ficam de aprender as
habilidades indispensáveis para entrarem num mercado de trabalho agressivamente
tecnológico como o de hoje e, mais ainda, de amanhã.
Eles não terão os mesmos direitos que os outros, que neste momento já estão muito à frente deles, pelo simples motivo de que não terão as mesmas oportunidades. Para a grande maioria deles, estará fechado o acesso ao que em geral se considera as coisas materiais mais compensadoras da vida.
Eles não terão os mesmos direitos que os outros, que neste momento já estão muito à frente deles, pelo simples motivo de que não terão as mesmas oportunidades. Para a grande maioria deles, estará fechado o acesso ao que em geral se considera as coisas materiais mais compensadoras da vida.
Esta matéria publicada num blog que
visito sempre fez piscar uma luzinha que me levou a uma avaliação própria,
posso garantir, nas minhas imperfeições a qualidade canalha está fora. Mas
conheço gente que fica bem incorporado ao perfil, CANALHA.
Canalha é negócio dos homens. Fora o homem,
nenhum animal se escolheu canalha. Canalha é produto próprio da parte
desprezível da cultura humana. Ser canalha, se tomar canalha, se preservar
canalha, se atender canalha. Atitude do homem desprezível.
O filósofo Nietzsche diria que
o canalha é uma degeneração do instinto humano.
Ele age para se apossar do Bem-Comum, já que,
impotente, seu entendimento de potência ocorre no ato em que ele se apossa do
que lhe é alheio, visto não produzir em si corpos morais. Daí ser um corpo
pustulento, viscoso, aversivo, asqueroso, vil, bilioso, arrogante, prepotente,
habilidoso, libidinoso. Só não é hipócrita. O hipócrita é aquele que representa
um personagem para conseguir o que almeja por mais ignóbil que seja. O canalha
não representa, ele é o que é. Ele não tem duplo.
O filósofo Sartre o chama de uma consciência
malograda. Um modelo burguês. Uma existência que se mostra sempre em Má-Fé, em
subterfúgio, atalhos, fugas. Porque ele se escolheu um covarde, um cabotino.
Sua grande estratégia é tramar, trapacear, calcular, usurpar.
Por que
os canalhas não envelhecem
Embora o filósofo Baudrillard, em seus estudos
dos clones sociais não o tenha inserido, o canalha é um caso de replicância vil
da humanidade. O primeiro serial-clone. Ele sempre esteve em toda as
sociedades. Em todas as classes da sociedade – profissional, artística,
religiosa, esportiva, econômica, legislativa, judiciária, executiva. Assim como
um telespectador acéfalo, como o do BBB, ele facilmente se multiplica, visto
que há sempre, na cultura voraz da canalhice, um terreno fértil para sua
replicância. E, nessa condição de clonagênese, ele não pode nunca envelhecer.
Porque a lógica do canalha é se dar bem de
qualquer jeito. Na realização do casamento, canalha casa com canalha. Por isso,
vemos canalhas saltitando em todos os territórios sociais.
Das muitas qualidades nocivas de um canalha,
uma que solta aos sentidos e à razão é que ele não tem amigo. Ele tem
cúmplices. Digamos que ele esteja comemorando suas bodas de prata – pode ser de
ouro, de diamante, até de petróleo – e sua casa se encontre cheia: juízes,
desembargadores, empresários, gatinhas, gatinhos, políticos, religiosos,
artistas. Só “amigos”? Não, só cúmplices. O amigo conduz o amor e a confiança,
o canalha é um compulsivo desconfiado, e um triste mal-amado. Não confia em
ninguém, e não ama ninguém. Só “confia” e “ama” o produto de sua degeneração.
Em todas suas relações – diante de Deus, na
igreja, no tribunal, no aniversário de um ente familiar, em um velório -, quem
primeiro dá as caras é sua canalhice. Se em uma dessas convenções ele chora, é
somente uma reação fisiológica, as lágrimas não expressão um entrelaçamento
afetivo com o sujeito ao qual ele se dirige. Como não compõe comunalidade,
o outro é uma abstração. Nisso, a solidariedade surge como um vazio
significante sem sentido social e humano. Por isso, como diz o teatrólogo
alemão Brecht, para ele “a humanidade é uma exceção”. Quando acontece uma
catástrofe e ele for um canalha público, sua manifestação é meramente material,
e muito bem propagada para ele ser tomado como um bom cristão. Como estão
“solidários” muitos no Haiti! A canalha da política internacional.
E por isso, percebo coisas que ainda me atemorizam quanto ser
sociável que aspira ter um tantinho de cultura e educação. E esse meu pasmo,
pode parecer infantil, piegas ou romântico. Mas, estar em pleno século XXI e
constatar que muitas pessoas ainda vivem um comportamento “pequeno- burguês” de
séculos passados, ostentando atitudes que classificam de classe, ignorando ou
exaltando outras de acordo com seu status, leia-se, poder econômico. Negando
gentilezas que gerariam um mundo melhor e eu não estou falando de uma utópica
ideia de igualdade social, mas de um sentimento de humanidade. Apavora-me!
Há pouco tempo fiz uma viagem e o primeiro abraço que recebi foi
do taxista que foi me buscar no aeroporto e gentilmente me levou pelo percurso
mais bonito da cidade, sem cobrar nada mais do que já tínhamos acertado.
Chegando ao hotel, novamente fui afagada pela generosidade de dois atendentes
que me ofereceram uma água com gás e se recusaram a receber por isso e
lamentaram que àquela hora (uma e meia da madrugada) não tinham mais suco ou
outra coisa melhor para oferecer. E no decorrer do dia recebi de braços abertos
todas as outras demonstrações de vida humanitária vinda de um grupo que, muitos
chafurdados num lamaçal de soberba, protocolos ultrapassados e etiquetas tão
boçais, tratam como invisíveis.
Não cumprimentar o porteiro; não agradecer uma camareira, não
responder- sim, por favor; não, obrigada; negar agradecimento por algum serviço
prestado; nos torna melhores ou superiores a quem?
O meu olhar constrói e desconstrói o feio e o bonito.
“Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem,
apenas, sei de diversas harmonias possíveis, antes do juízo final”.
Simone Fernandes.
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