terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Olhava encartes de LPs antigos, e brinquedos. Semana passada, umas cambraias guardadas na arca de couro e  xícaras de beiço fino. A camisola bordada a mão pela avó, que a irmã vestiu no batizado, uma fotografia da árvore de natal com bolas, sinos, aladins e lâmpadas translúcidas, naquele material que, caído, estilhaçava no chão.
Não há dúvida: viver ficou mais concreto, mas a beleza perdeu filigranas.

Nenhum comentário: