segunda-feira, 30 de abril de 2012

Exercícios regulares para deixar o cérebro em forma

Neuropsiquiatra de Harvard mostra como atividades físicas nos tornam mais inteligentes

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John Ratey: exercícios frequentes são mais potentes que remédio
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John Ratey: exercícios frequentes são mais potentes que remédio Divulgação
Os exercícios nos deixam mais inteligentes. Quem afirma é o neuropsiquiatra John Ratey, professor da Harvard Medical School e autor do livro “Corpo ativo, mente desperta” (Editora Objetiva). Em entrevista ao GLOBO, ele diz que os exercícios são mais importantes que qualquer remédio para as funções cerebrais:
— Fabricamos novas células cerebrais todos os dias e os exercícios ajudam mais que qualquer outra atividade.
O GLOBO: O que atraiu seu interesse para esta área?
JOHN RATEY: Inicialmente os exercícios eram vistos como menos potentes que as drogas antidepressivas, mas hoje sabemos que são tão bons quanto e, em alguns casos, até melhores que os remédios. Sempre fui um atleta e percebi em mim a importância dos exercícios para manter meu cérebro, humor e motivação nos melhores níveis.
Como os exercícios melhoram as funções cerebrais?
RATEY: Os exercícios regulam ansiedade e níveis de estresse, além de otimizar o aprendizado de três maneiras: melhoram os sistemas de atenção, a memória, a capacidade de aprendizado e a habilidade de perseverar e superar as frustrações que o processo de aprendizado eventualmente produz; criam o ambiente certo para nossas cem bilhões de células nervosas, fabricando mais neurotransmissores e receptores para registrar novas informações; e promovem o surgimento de novas células no cérebro, um processo chamado neurogênese.
Então a atividade física regular também nos deixa mais inteligentes?
RATEY: Sim. O exercício otimiza as chances de aprendizado ao nos deixar mais prontos para aprender, ao fazer com que o cérebro esteja preparado para se desenvolver e talvez até adicionando novas células nervosas às áreas envolvidas com a memória e o aprendizado. Mas é especialmente importante por aumentar a liberação do fator neurotrófico BNDF, um verdadeiro fertilizante para o cérebro por encorajar nossas células nervosas a crescerem, que é a maneira como aprendemos.
Os exercícios estão ganhando respeito como uma opção de tratamento?
RATEY: As pessoas estão gradualmente reconhecendo o fato de que a atividade física é uma terapia auxiliar útil para desordens mentais e médicas. Hoje o primeiro tratamento para a depressão ou a ansiedade são exercícios regulares. Há dez anos a Câmara dos Comuns do Reino Unido disse que os exercícios deveriam ser o tratamento primário para a depressão, então eles estão na mente das pessoas e começando a ter aceitação na comunidade médica.
Os exercícios também podem aliviar o estresse?
RATEY: Sim, tanto em termos de diminuir a resposta a situações de estresse quanto aumentando a resistência ao estresse. À medida em que a pessoa melhora o condicionamento, é preciso uma ameaça maior para disparar seu alarme de estresse, pois a atividade física muda a neuroquímica do cérebro, assim como trabalha no nível celular para proteger as próprias células do estresse.
Quais são os melhores exercícios?
RATEY: É muito bom juntar artes marciais com dança, como na brasileira capoeira. A questão é aumentar os batimentos cardíacos e mantê-los altos por um tempo, adicionando complexidade e coordenação que vão desafiar mais áreas do cérebro, estimulando a liberação de fatores neurotróficos e desenvolvimento. Outras atividades que ganharam popularidade, como a ioga, também ajudam a desafiar o corpo e a mente, provocando mudanças magníficas no cérebro.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/exercicios-regulares-para-deixar-cerebro-em-forma-4764664#ixzz1tVzLSpGe
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sábado, 28 de abril de 2012

Nada será como antes

Cultura

Matheus Pichonelli

28.04.2012 09:53


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Inspirado pela entrevista da Beatriz Mendes com os irmãos Márcio e Lô Borges (clique aqui para ler), passei o último fim de semana lendo, num fôlego só, o livro “Os Sonhos Não Envelhecem – Histórias do Clube da Esquina”. Cheguei quase 16 anos atrasado, já que a primeira edição do livro escrito pelo irmão mais velho, Márcio Borges, é de 1996.
Capa do álbum Clube da Esquina, disco de cabeceira da música brasileira
Mas os 40 anos do lançamento de Clube da Esquina, um dos discos de cabeceira de qualquer coleção da música popular, me levaram de braços abertos ao relato sobre um grupo, uma localidade e um período únicos da história brasileira. Foi no “quarto dos meninos” do 17º andar do edifício Levy, centro de Belo Horizonte, em plena ditadura militar, que os irmãos Borges (eram 11 no total) viram arvorecer o gênio de Bituca, mais tarde conhecido como Milton Nascimento.
Saí do livro um tanto bêbado, de tanto ler o quanto aquele povo bebia enquanto pulava de boteco em boteco na capital mineira, entre garrafas de cerveja, batidas de limão, toadas despretensiosas no violão e conversas sobre cinema, música, presente e futuro – um futuro que tinham nas mãos e há muito virou passado. Passei a entender um pouco mais os motivos que me levam a ter Clube da Esquina (versões 1 e 2) entre minhas dez canções favoritas em todos os tempos, línguas e gêneros.
Aquele quarto era a prova material, em notas e acordes, da teoria dos seis graus de separação – segundo a qual são necessários no máximo seis laços de amizade para duas pessoas quaisquer do mundo estarem ligadas. Ali não era preciso ir muito longe: Marílton conhecia Wagner Tiso, que conhecia Milton, que conheceu Fernando Brant, que conheceu Márcio, que era irmão de Lô, que conhecia Beto Guedes, que conhecia Flávio Venturini, que conheceu Milton, que um dia conheceu Jeanne Moreau, que um dia fez um filme com François Truffaut, que um dia inspirou uns meninos que se reuniam no mesmo quarto sem saber que produziriam música para o resto do mundo.
Das veredas daquele apartamento, mais tarde migradas para a esquina das ruas Divinópolis com Paraisópolis, em Santa Tereza, BH, nasceram encontros e amizades com o que tinha de melhor daquele tempo: Elis Regina, Caetano Veloso, Chico Buarque, Raimundo Fagner, Belchior, Raul Seixas, Rogério Sganzerla. A impressão é que o mundo tinha no máximo 500 habitantes, metade de Minas.
Ao fim, fiquei com uma pergunta na cabeça: como a música conseguiu reunir tanta gente boa num único período e espaço? É possível que um grupo como aquele surja novamente algum dia e provoque os mesmos frutos?
Milton: gênio forjado pelo processo coletivo. Foto: Divulgação
Me leve a mal se quiser, mas as respostas não são nada animadoras – e faço um parêntesis para explicar o porquê.  Em certa cena de As Invasões Bárbaras, obra-prima de Denis Arcand, os personagens se queixam da mudança dos tempos e da vigência de um período sombrio, marcado pela ignorância, pelo preconceito e pelo mau gosto. É quando um dos personagens responde: os gênios são frutos de períodos únicos, que convergem influências, coragem e disposição para colocar tudo de cabeça pra baixo e fazer revoluções. Citam a Florença do Renascimento como exemplo. E lamentam terem nascido numa era de vacas magras, longe de grandes poetas e artistas.
Guardadas as devidas proporções, tivemos momentos férteis em solo nacional. A terceira leva do modernismo, por exemplo, gestou na mesma barriga Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector. Hoje temos Augusto Cury, e um ou outro autor consagrado reclamando em velhos espaços de jornais da emergência das classes populares (décadas atrás, os gênios eram porta-vozes das classes populares, mas isso é papo pra outra conversa).
Para ficar no exemplo da música brasileira, basta lembrar da reunião de bandas muito acima da média surgidas, entre o fim dos anos 70 e começo dos 80, nas garagens de Brasília ou no Circo Voador, no Rio. Ou na Ipanema da bossa nova, a Bahia da Tropicália, a Recife do mangue beat
São exemplos de que a obra de arte é um ofício coletivo.
E hoje?
Bom, hoje as coisas de fato mudaram. Na Belo Horizonte dos irmãos Borges e Bituca, todos pareciam minimamente livres para tatear talentos e escolher rumos com calma. Como cantou Beto Guedes, um dos caçulas do grupo: era possível “dar um tempo de prestar atenção nas coisas, fazer um minuto de paz, num silêncio que ninguém esquece mais”. A própria ideia de tempo era outra, e ele parecia jogar a favor.
Entre os fatos que mais me impressionaram no relato de Márcio Borges está a narração de uma certa “falta de privacidade” nos espaços em que vivia: a casa sempre tomada por amigos (dele e dos irmãos), sempre dispostos a criar sons no tempo livre, compartilhar ideias, influências; todos pareciam interessados em cinema, em discutir Truffaut, em ler e citar Garcia Llorca e outras novidades vindas de toda parte do mundo.
Outro fato digno de nota: Borges tinha quase 20 anos quando despertou para a música, mas mal conseguia terminar o terceiro colegial. Em nenhum momento ele relata qualquer tipo de pressão, dos pais ou de quem quer que seja, para tomar um rumo, fazer algo de útil, deixar de lado uma possível vagabundagem.
Algo impensável para os padrões de hoje, em que o ócio criativo recebe bordoadas assim que se manifesta. Llorca? Só se estiver na lista de vestibular. Truffaut, preto e branco e em 2D? Conta outra. Reunião com amigos ao fim da tarde? Melhor correr pra academia. Hoje é mais útil gastar tempo e dinheiro com cursos de inglês, informática, caratê e domar a hiperatividade com remédios. O resultado é que, anos depois, nos tornamos velhos e manifestamos, tarde da vida, as inquietações mais infantis em nossas redes – porque jamais fomos capazes de sonhar uma linha além daquela já traçada antes de nascermos. O estado da música popular de hoje, de versos comerciais e descartáveis, é talvez o maior exemplo dessa incapacidade expressiva.
A substituição da poesia cantada por “eu quero tchu eu quero tchá” é parte das mudanças nas próprias formas de relacionamento – e não só das propostas antes e depois das gravações. No Brasil de 2012 não imagino uma casa como aquela que reunia Wagner Tiso, Milton Nascimento e Lô Borges no mesmo espaço. Os apartamentos hoje, como tudo na vida, têm seus espaços funcionais: pequenos e confortáveis, mas impróprios para visitas, reservadas para a área gourmet, onde a galera se reúne pra jogar Playstation e o síndico reclama se alguém resolve cantar.
Os passeios pelas ruas, depois de pular de bar em bar, também parecem programas do século passado. (Tecnicamente são). Com medo das ruas, andamos de carro, mesmo que sejam só dois quarteirões. As conversas reservadas ficam para o MSN, meio pelo qual é possível medir o que se diz e guardar o que se ouve de maneira privativa. Tivessem 20 anos hoje, os amigos Milton e Márcio provavelmente deixariam de lado as parcerias surgidas no meio da noite, entre álcool e caminhadas, para expressar seus sonhos sóbrios em 140 caracteres no Twitter. Quarenta anos depois, ninguém se lembraria deles.
Porque, se algo mudou dos 40 anos desde Clube da Esquina pra cá, foi a guinada na ideia de privacidade para o topo das preocupações humanas. Isso mudou as formas de relacionamento (dos que ainda se relacionam, claro) e, por ironia, dinamitaram a cultura do compartilhamento – o que, em tempos de Facebook, parece uma contradição. Porque a gênesis do disco era o compartilhamento, não de links, mas de ideias, palavras, acordes e letras escritas a muitas mãos – sempre a partir da vivência, e não de refrões para tocar no rádio ou convencer empresários.
Reunidas, criavam uma unidade, uma linha própria a um mundo que pedia para ser cantado e alcançado. É a ideia dos jovens reunidos, “pela última vez, à espera do dia, naquela calçada, fugindo pra outro lugar”.
Da mesma forma que perdemos atletas magistrais por não criar condições e espaços adequados para treinamento e capacitação, perdemos também talentos artísticos em escalas industriais. Não só por causa da miséria, mas por incutir nas jovens cabeças a ideia de que a vida só vale a pena se for seguida em linha reta; se crescermos e aparecermos o quanto antes, em voos solo, e cultivar nossos próprios espaços com conquistas pessoais.
O que sobrou daquele tempo, fora as memórias? Em 40 anos, Lennon morreu, a guerra seguiu (só mudou de lugar) e a liberdade aguardada após o fim da ditadura não veio. Os sonhos cantados emClube 2 envelheceram. E os novos são rasgados assim que desabrocham. Ganhou a aposta quem acreditou que, a partiu daqueles dias, nada mais seria como antes…

terça-feira, 24 de abril de 2012

Frituras com óleo de girassol ou azeite de oliva são melhores para o coração


Pesquisadores da Espanha têm uma boa notícia para quem gosta de frituras: o uso de azeite de oliva ou óleo de girassol para cozinhar não foi associado a doenças cardíacas ou morte prematura. Os resultados saíram no British Medical Journal.
Especialistas da Autonomous University of Madrid examinaram por 11 anos os hábitos de culinária e a saúde de 41.000 adultos de 29 a 69 anos, que não tinham nenhuma doença cardíaca no início do estudo. Os participantes foram questionados sobre a sua dieta e a maneira que preparam seus alimentos – se fritos, assados, grelhados etc.
De acordo com a quantidade de consumo de frituras, os voluntários foram divididos em quatro grupos. No período do estudo, 1.134 mortes e 606 eventos associados a doenças cardíacas foram observados.
Comparando esses números entre os membros dos grupos, percebeu-se que o número de mortes e doenças cardíacas entre eles foi similar entre os diferentes grupos. Isso levou os pesquisadores a concluírem que o consumo de frituras não foi o responsável pelos males do coração.
Os pesquisadores salientam, no entanto, que os resultados provavelmente não seriam os mesmos em países que utilizam óleos de fritura sólidos e reutilizados, como acontece nos países do ocidente. Isso porque, quando um alimento é frito nesses tipos de óleo, ele absorve a gordura do líquido, o que aumenta as suas calorias. Além disso, mesmo que o óleo de girassol e o azeite de oliva tragam benefícios ao coração, precisam de moderação no consumo.
Azeite de oliva extra virgem: rico em ômega 9, gordura monoinsaturada. Fonte de compostos fenólicos com alta atividade antioxidante. Coadjuvante na redução do colesterol. Bom para o coração. Sugestão de consumo: 2 colheres de sopa/dia.
Óleo de canola: planta pertencente à família do repolho e da couve de bruxelas. Tem grande quantidade de gorduras insaturadas, é livre de colesterol e gordura trans e tem menos gordura saturada que qualquer óleo comestível comumente utilizado. Auxilia na redução do risco de doenças coronarianas, com a diminuição do colesterol total e do LDL colesterol. Equilibrado em ômega 6 e 3, é fonte de vitamina E. Indicado para cozimento, para fazer molhos e sobremesas, pois apresenta alto ponto de fumaça.
Óleo de coco: o ácido láurico, de ação antibacteriana, compõe aproximadamente 50% da gordura do coco. Este óleo é fonte, também, de ácido caprílico, que estudos sugerem ter papel antifúngico e imunoestimulante. Tem ação antioxidante. O óleo de coco é fonte de triglicerídeos de cadeia média (TCM). Após absorção intestinal, os TCM são transportados para o fígado, onde são queimados, aumentando a termogênese após a refeição. Daí sua ação termogênica, coadjuvante nos processos de emagrecimento. Estudos apontam que o óleo de coco, como parte de uma dieta equilibrada, diminui o desejo de comer doces e alimentos gordurosos. Sugere-se o consumo de 3 a 4 colheres de sopa/dia.
Óleo de gergelim: fonte de ômegas 3, 6, 9 e vitamina E, antioxidante que protege as células da ação dos radicais livres. Usado em saladas, pratos frios e massas.
Óleo de girassol: fonte importante de ômega 6 e de vitamina E. Utilizado a frio, diretamente sobre os alimentos e em molhos para saladas ou ainda em cozimento rápido em baixas temperaturas.
Óleo de linhaça: fonte de ômegas 3 e 6 na proporção ideal. Estudos mostram sua ação na redução de triacilglicerol e colesterol e também na inibição de fatores inflamatórios. Pode ser misturado na proporção de 2 de azeite para 1 de óleo de linhaça e usado para temperar saladas.
Óleo de macadâmia: fonte de ômegas 7 e 9. Estudos mostram que seu consumo auxilia na redução das taxas de colesterol total e LDL. Usado em diversas preparações, saladas e refogados. Recomenda-se o consumo de 1 a 2 colheres de sopa/dia.
Óleo de soja: fonte de ômegas 6 e 3. Devemos preferir os prensados a frio. Usado largamente na culinária.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Princípio de Pareto

Princípio de Pareto
segunda-feira 29 de Maio de 2006 por Aldo Novak
Vinte por cento daquilo que você faz, produzem 80% dos resultados.

Vilfredo Pareto, economista italiano que descobriu que 80% das
riquezas tendem a ficar nas mãos de 20% da população. Você tem coisas
demais, para fazer, e pouco tempo para elas? Será que você não está
precisando usar o Princípio de Pareto na sua vida?

Coloque suas fichas no essencial. Esqueça o trivial. O resto, o
Universo faz para você. Durante o mais recente carnaval, tive a chance
de estar com um grupo de 34 pessoas, viajando pela Bolívia e Peru,
visitando templos e construções Aymaras e Incas. No caminho para Machu
Picchu, passamos pelo lago navegável mais alto do mundo, o Titicaca, e
um dos viajantes veio conversar comigo sobre os problemas que tinha
para controlar sua vida.

E o que esse viajante disse é o que praticamente todas as pessoas que
vivem em grandes cidades repetem: "tenho coisas demais para fazer na
vida, mas quase nenhum tempo".

Conversei com ele por quase duas horas, mas uma das dicas eu entrego
agora para você, na forma de um antigo axioma, chamado Principio de
Pareto. Qualquer empreendedor conhece o princípio, embora poucos o
apliquem. O Principio de Pareto afirma que "apenas 20% daquilo que
você faz é responsável por 80% dos seus resultados".

Essa frase parece apenas um pensamento vago. Não é. Para onde você
olhar, notará que este princípio funciona de modo inequívoco. Claro
que há uma pequena variação estatística (que flutua entre 14 até 24%),
mas na média ponderada, a estatística é clara: 20% de qualquer coisa
provocam 80% dos resultados dessa coisa, seja o que for.

Em outras palavras, 20% dos alunos de uma sala de aula, são
responsáveis por 80% da bagunça e do caos, enfrentado pelos
professores. Controle os 20% e você controlará a sala de aula. Vinte
por cento dos clientes de uma empresa são responsáveis por 80% das
compras repetidas. Invista nesses 20% e eles trarão ainda mais lucros
para sua empresa. Vinte por cento dos criminosos são responsáveis por
80% dos crimes registrados. Se a polícia tomar de assalto estes 20%, a
criminalidade cairá 80%.

Parece fantasia? Não é. Em sua vida pessoal o mesmo acontece. Vinte
por cento daquilo que você diz para as pessoas são responsáveis por
80% das reações que provoca nelas. Portanto, todo cuidado é pouco
quando você conversa com alguém que seja importante para você: Se você
disser apenas 2 palavras ásperas, em 10... terá um problema de
relacionamento para cuidar. Vinte por cento daquilo que você escolhe
para comer é responsável por 80% dos problemas de saúde que surgirão
mais tarde, em sua vida. Troque os 20% que podem gerar essas doenças e
você obterá 80% de chance de não desenvolver tais problemas.

Enfim, apenas 20% por cento de tudo o que você lê em um texto (como
este) já contém o mais importante a ser dito. Os outros 80% são apenas
palavras de ligação, introdução, fechamento e repetição didática.

Na sua vida, isso é muito importante. Deixe-me repetir: MUITO
importante. Note que de tudo aquilo que você fizer essa semana, apenas
20% são coisas essenciais. As outras 80% serão apenas secundárias. Por
isso, a chave é escolher, ou decidir, quais são os 20% essenciais, e
jogar todas as suas fichas ali.

Você quer dar um salto em sua vida? Então, pare de assistir 80%
daquilo que você assiste na TV, e escolha os 20% que são essenciais
para você. Olhe para sua agenda e faça o melhor que puder com os 20%
essenciais, em seu dia, deixando os 80% triviais para fazer quando, e
se, sobrar tempo. Pare de se preocupar com aquilo que está nos 80%.
Concentre seus dias aos 20% essenciais.

Lembre-se do que dizia Pareto: "apenas 20% daquilo que você faz é
responsável por 80% dos seus resultados". Você jamais poderá fazer
tudo, mas ao menos fará o que é essencial para sua vida, seu sucesso e
sua felicidade.

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Alzheimer não tem cura. Será?


9 fev Quando estudamos geografia na escola, aprendemos que os países mais desenvolvidos possuem sua população distribuída na forma de uma pirâmide cuja base (pessoas de até 19 anos) é menor do que o topo (idosos), tudo devido ao controle de natalidade e às boas condições de vida que, naturalmente, contribuem pra que as pessoas tenham menos filhos e vivam mais.
A pirâmide do Brasil era basicamente o contrário disso, com uma população predominantemente jovem. Porém, como o nosso país, voltando à geografia, passou a fazer parte do BRIC (grupo de países que mais tem se desenvolvido, formado por Brasil, Rússia, China e Índia), o desenvolvimento social tem contribuído para alterar nossa pirâmide etária e proporcionar uma melhor qualidade de vida à população que, conseqüentemente, vive mais.
Vivendo mais é que surgem alguns “problemas”. Não vamos falar de previdência, mas de doenças.
Alzheimer, mais especificamente.
Procure perguntar aos seus avós ou a qualquer outro idoso se esse nomezinho alemão era sequer conhecido “na época deles”. Certamente, vocês vão ouvir um “não”. E o motivo é simples: há algumas décadas, uma pessoa com essa demência era simplesmente vista como “louca” e internada num hospício ou algo do tipo. Simples.
Foi só depois de o tal pesquisador alemão Alzheimer descobrir o Alzheimer que passou a haver um maior esclarecimento social sobre o que era essa doença.
Hoje, ainda, sabe-se muito pouco sobre ela. Ou melhor dizendo, sabe-se muito sobre ela, mas não se tem a cura para ela.
Um idoso diagnosticado com Alzheimer hoje (e isso costuma demorar a acontecer, já que os lapsos de memória da fase inicial da doença são visto apenas como esquecimentos casuais) tem apenas tratados os sintomas da doença e não a sua causa. Basicamente, o idoso é tratado à base uma substância chamada rivastigmina, cuja função é potencializar a transmissão dos impulsos nervosos e auxiliar (um pouco) no déficit cognitivo do paciente.
Só uma observação: O medicamento que cumpre essa função de tratar o Alzheimer é bastante caro, custa uma média de R$300.
Entrando agora num lado mais pessoal do assunto, eu sempre acreditei muito em tratamentos fitoterápicos. Aliás, acredito piamente que a cura, o tratamento e a prevenção de todos os nossos males estão livres na natureza, só esperando serem descobertos pela ciência.
Com o Alzheimer não é diferente.
Recentemente, algumas pesquisas importantes de diferentes universidades comprovaram que alguns componentes naturais poderiam ter efeitos importantes sobre o mal de Alzheimer. São eles: canela, ômega 3, cúrcuma e chlorella.
O primeiro, canela, por ser antiinflamatório, é capaz de inibir e dissolver os conglomerados de proteínas beta-amilóides que são as responsáveis por “tomar” o cérebro e causar o Alzheimer.
O segundo componente natural é o ômega 3, um tipo de óleo encontrado principalmente em peixes. Os pesquisadores, fazendo testes em ratos afetados pela doença, descobriram que o ômega também conseguiu reduzir as placas de proteínas amilóides cerebrais, fazendo com que a doença “estacionasse” e o idoso tivesse suas funções cognitivas preservadas.
A terceira substância é a Cúrcuma, atual queridinha dos pesquisadores que buscam a cura para o Alzheimer. Esse elemento pode ser encontrado no Curry, aquele tempero amarelo tão famoso entre os orientais. Basicamente, a cúrcuma tem um efeito neuroprotetor, protegendo as células dos radicais livres e ainda eliminando estruturas ligadas às doenças neurodegenerativas.
A quarta e última aliada natural dos pacientes com Alzheimer é a Chlorella, planta capaz de fazer uma verdadeira “varredura” no nosso organismo, eliminando os metais tóxicos que adquirimos por meio da alimentação ao longo da vida. A Chrorella, segundo pesquisas, seria capaz de fazer uma “terapia de quelação”, aumentando a atividade cerebral e auxiliando no tratamento de demências.
Basicamente, são essas as quatro substâncias que mais prometem benefícios reais aos idosos diagnosticados com Alzheimer.
É bom lembrar que todas as pesquisas relacionadas a essas substâncias ainda estão em andamento, não há nada conclusivo. Porém, enquanto as novas descobertas não vêm, por que não lançar mão de elementos naturais no seu dia-a-dia ou no dia-a-dia daquele idoso que você conhece e cuja memória já não anda tão boa? Se o efeito não for o desejado, mal também não vai fazer.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um verso pode virar uma poesia e uma poesia pode virar uma viagem (publieditorial)


Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 09 de abril de 2012
Há tempos não uso lápis ou caneta para escrever. Nem os versos que eu costumava cometer nos tempos em que estudava Letras na USP, tampouco listas de compras de supermercado, folhas de cheque, receitas de bolo, manuscritos quaisquer. De tão habituado a só digitar textos, minha caligrafia piora cada vez mais, se equiparando aos garranchos hieroglíficos de médicos apressados. E, na última vez em que fui reconhecer minha firma nm cartório, tive que abrir uma nova, porque minha assinatura não batia com a anterior. Males da vida digital.
Tenho guardadas em casa dezenas de folhas de caderno e papéis sulfite com manuscritos da època em que usava canetas para rebobinar fitas cassete e rascunhar versos e contos. Alguns desses textos foram remixados e remasterizados, e tornaram-se posts e artigos. Outros permanecerão guardados no fundo da gaveta, e só não viram material de reciclagem porque ainda teimo em arquivar certos testemunhos de um passado cada vez mais desfocado.
Mas, assim como arqueólogos volta e meia encontram algum fóssil interessante em escavações, outro dia achei uma pérola inesperada fuçando esses meus papéis amarfanhados: uma brincadeira descompromissada que eu e alguns colegas de colegial fizemos, provavelmente no meio de alguma aula bocejante de química orgânica ou trigonometria. Cada um tinha exatas 5 linhas para iniciar um texto numa folha de papel almaço, e depois passava a vez para que o outro prosseguisse a história a partir daquele trecho. É até previsível que um texto desses, escrito por seis adolescentes desocupados, acabou repleto de piadas internas e referências pouco edificantes a professores e coleguinhas de classe. Mas me rendeu boas risadas oriundas da época em que eu era um cara com muito menos superego, escrevendo bobagens como se fosse um bêbado com dor de cotovelo tuitando freneticamente.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A burguesia empanturra-se!


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Por Ari de Oliveira Zenha
Na sociedade capitalista a classe detentora do poder econômico e político, a burguesia globalizada, empanturra-se no frenesi de sua existência sem nenhum sentido humano e engrandecedor para os homens.

"Sua obsessão pela acumulação, exploração e reprodução do capital e de poder, nacional e global, parece não ter fim"

Sua obsessão pela acumulação, exploração e reprodução do capital e de poder, nacional e global, parece não ter fim. Ela já está levando o mundo à beira de um abismo em todos os sentidos e limites que jamais os clássicos da economia política crítica puderam imaginar. Estamos participando deste descalabro aniquilante, desumanizador, alienante e desintegrador da sociedade globalizada.
Vestida, ou melhor, despida das suas vestes “deslumbrantes” e “encantadoras”, ela tenta realizar, e na grande maioria das vezes têm conseguido colocar todo o seu arsenal mesquinho e hipócrita de seu existir, como o único possível e alcançável por toda a sociedade.
O manto que a encobre é o mesmo que, às avessas, encobre bilhões de seres humanos na mais absoluta miséria e sofrimento.
Estrutura
É de se perguntar: será que o modo de exploração e de produção do capital que tem levado há séculos a humanidade a buscar uma existência digna, de uma sociedade solidária, harmônica e socialmente justa poderá passar a ser real tendo como sustentação – base – esta estrutura de produção? A realidade histórica e concreta nos tem mostrado que o capitalismo só conseguiu estabelecer uma relação econômica-social-política no mundo edificando um domínio em que o que prepondera é a injustiça, a exploração, a desumanização, a alienação do homem não só diante de si mesmo como em suas relações social, econômica e política.

"Devemos preservar a dignidade e a honradez do ser humano, mas despida da roupagem burguesa. Que a burguesia impõe seu modo de produção e vida é fato, mas também é fato que a sociedade civil cada vez mais o repudia como o único e possível"

As mansões cinematográficas, os carrões, os automóveis luxuosos o existir luxuriante, entediado, enfim, uma vida que não é aquela desejada por bilhões de seres humanos deste planeta, mas que a burguesia se entulha em seu insignificante modus de vida – a vida tecnológica, de marketing, de soluções e de possibilidades dentro do seu mundo alienador e alienante. Esse mundo “melhor” proposto por ela, só pode ser admissível nas recheadas carteiras da burguesia transnacional/nacional e no seu ideário de vida luxuriosa e insensata.
Novo Rumo
Devemos preservar a dignidade e a honradez do ser humano, mas despida da roupagem burguesa.
Que a burguesia impõe seu modo de produção e vida é fato, mas também é fato que a sociedade civil cada vez mais o repudia como o único e possível.
Temos alternativas, temos soluções que estão ao nosso alcance e que dependem do aprofundamento e ampliação das relações democráticas e da organização da sociedade civil para a superação deste modo de produção, que foi instituída histórica e concretamente e pode ser superado também historicamente pela sociedade consciente e organizada.

O BÓSON DE HIGGS SERÁ LOCALIZADO AINDA NESTE SEMESTRE

ATEUS EM FESTA, RELIGIÕES EM PÂNICO: O BÓSON DE HIGGS SERÁ LOCALIZADO AINDA NESTE SEMESTRE A caçada pela famosa “partícula de Deus”, como é conhecida entre os leigos, deu mais um passo para a conclusão. Cientistas americanos anunciaram evidências convincentes da existência do Bóson de Higgs.
A localização do Bóson de Higgs, teoricamente, a única matéria existente na criação do universo com o "big bang", irá provar que o mesmo não foi gerado por mirabolâncias mágicas de uma entidade mitológica, onipotente conhecida como "deus" e sim pela fissão nuclear uma simples partícula.
Os resultados do acelerador de partículas Tevatron, em Boston, mostraram que os pesquisadores encontraram “dicas” da existência do bóson de Higgs utilizando os dados colhidos por experimentos próprios.
Os dois laboratórios que são rivais encontraram grandes evidências e com bastante semelhança, mesmo utilizando métodos completamente diferentes para a busca do Higgs. Como os resultados se aproximam, existe uma onda tendenciosa de acreditar que a “partícula de Deus” realmente possa existir.
Mesmo quando os dois dados obtidos pelo Tevatron e pelo LHC são somados, o conjunto formado de evidências não são fortes o suficiente para que os físicos possam afirmar oficialmente a descoberta, e a grande maioria dos cientistas continuam céticos e afirmam que o bóson de Higgs não existe.
A famosa partícula seria a última peça que falta no quebra-cabeça do entendimento da formação do Universo. Segundo os teóricos, o bóson de Higgs seria uma partícula elementar surgida logo após o Big Bang. Segundo os físicos, ela representa a chave para explicar a origem da massa de outras partículas elementares, por isso existe um esforço mundial em provar sua existência.
Ao anunciar os últimos resultados em uma conferência na Itália, Jim Siegrist, porta-voz do Tevatron, disse: “O jogo final está se aproximando da busca pelo bóson de Higgs. Este é um marco importante para os experimentos do Tevatron e demonstra a importância contínua das medições independentes na busca de compreender os blocos de construção da natureza”.
Físicos do LHC no laboratório CERN, Suíça, esperam confirmar a existência da esperada “partícula de Deus” ainda no primeiro semestre de 2012. Talvez os dados encontrados pelo Tevatron possam reforçar a crença de que o LHC realmente tenha conseguido encontrar a tão esperada partícula.
Se eu acredito em Deus? Sim, acredito. Mas não no deus dos cristãos. Nem nos deuses dos muçulmanos, judeus ou indianos. Meu deus não é uma figura mitológica e patética de velho com barbas brancas. Muito menos um ridículo elefante cor-de-rosa com seis braços. O meu Deus é pura CIÊNCIA. Sua existência pode ser provada pela matemática, física, química e biologia.

Pequenas Igrejas, Grandes Negócios



Olá, leitores deste religioso blog.
Muitos de vocês devem estar acompanhando o arranca rabo envolvendo o Estelionatário Bispo Valdemiro Santiago, da Igreja Industrial do Poder de Deus e o Ladrão-Chefe Bispo Edir Macedo, da Igreja Industrial do Reino de Deus. Para quem não conferiu ou não está sabendo deste episódio digno do Programa do Ratinho, clica ACÁ.

Trocando em miúdos, é o cu sujo falando do cu cagado. Posso garantir que essa baixaria em nome de um Deus, nada mais é do que ganância por dinheiro. Fico triste, em tese, pelas almas abobalhadas e bestas que caem nas lábisas desses seres malditos dos infernos.

Qual é a diferença desses cidadãos para um bandido estelionatário? Deus. Sempre "Ele". Por causa "Dele", e por influencia maldita da "bancada religiosa e retógrada" no congresso que estelionatários cada vez mais se aproveitam de pessoas fracas emocional e psicologicamente.

Tudo o que este bandido faz, assim como o Edir Macedo fez no passado, pode muito bem configurar um crime que está previsto no Código Penal Brasileiro: Curandeirismo.

"Art. 284. Exercer o curandeirismo: I – prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; II – usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; III – fazendo diagnósticos: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
Parágrafo único. Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito a multa."

Ministério Público, onde estão vocês!? Quando vão começar a fazer o papel que o também bandido Edir Macedo está fazendo? Vão ficar só assistindo ao circo de horrores?

Comece a cobrar impostos dessa caralhada, Dilma! Duvido que com isso, fazendas de 15 Mil Hectares possam ser compradas por "falsos pastores".

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Paim critica perda de recursos da Previdência com plano de incentivo à indústria

Aposentados 5/4/2012 12:13:4 » Por Richard Casal

Senador desabafa na tribuna e fala a verdade sobre a desoneração

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O senador Paulo Paim (PT-RS) repetiu um alerta em relação à decisão do governo federal de desonerar a folha de pagamento de empresas de setores afetados pela crise econômica mundial. Ele citou artigo de sua autoria publicado no jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul, em que comenta esse aspecto do pacote de ações de incentivo à indústria nacional anunciado nesta semana pela presidente Dilma Rousseff.
No texto, Paim adverte o governo federal que a desoneração da folha de pagamento das empresas, com a retirada da contribuição patronal de 20%, substituída por alíquotas sobre o faturamento que podem chegar a zero, causará sérios problemas para a Previdência Social.
O senador criticou a medida por ser uma “via de mão única”, sem compensação dos recursos que deixarão de ser recolhidos pelo INSS – dinheiro que, no futuro, ajudaria a pagar as aposentadorias e pensões dos trabalhadores. Em sua avaliação, trabalhadores e aposentados é que pagarão a conta dos incentivos para neutralizar a crise financeira.
– Essa história de que a União vai cobrir o déficit é um filme que já assistimos por diversas vezes. É só lembrarmos que, com dinheiro da Previdência, construímos a Transamazônica, Volta Redonda, Brasília, nossa capital, entre outras obras majestosas. Até hoje, não houve a devolução de um centavo sequer deste dinheiro – criticou.
O senador concordou com sindicalistas e entidades trabalhistas que fizeram uma manifestação contra o pacote do governo em São Paulo. Para eles, as medidas de fortalecimento da indústria não deveriam passar pela retirada do dinheiro da Previdência do trabalhador, mas se basear na redução de impostos e na diminuição da taxa de juros.

terça-feira, 3 de abril de 2012

De olho no mundo -







Depois de o país descobrir que o senador Demóstenes Torres era apenas uma grande fraude, agora é o ator e deputado de ocasião Stepan Nercessian quem aparece na lista de pagamentos de Carlinhos Cachoeira. Apertado, disse que os R$ 175 mil recebidos do contraventor eram empréstimo pessoal para comprar um apartamento.
O ministro Ricardo Lewandowski, ágil na geração de dificuldades ao andamento do processo do mensalão dos petistas, agiu na velocidade de um raio ao solicitar investigação e quebra de sigilo bancário de Demóstenes Torres. Afinal, enquanto o senador ficar sangrando haverá refresco para escândalos oficiais como o da Casa da Moeda.
Tem muita gente trabalhando para Demóstenes furar a fila na passarela das safadezas de Pindorama. Uma tentativa canhestra de jogar todos os holofotes em cima do senador encrencadíssimo e criar para ele um rito sumário de expiação, de modo a empurrar o julgamento do mensalão petista para mais adiante.
Também há gente achando melhor pisar no freio das investigações das patifarias do senador goiano. Afinal, o governo petista do Distrito Federal, comandado pelo roleta-russa Agnelo Queiroz, tem ligações íntimas com a fauna de Carlinhos Cachoeira. E o governo federal prefere ver Demóstenes vagando pelo Senado a ter aberta uma temporada de caça às bruxas, de consequências imprevisíveis.
Já está escrito nas estrelas que a Copa de 2014 vai custar ao redor de R$ 70 bilhões. Não bastasse ser a mais cara de todos os tempos, essa montanha de dinheiro ultrapassa o custo das Copas de 2002 (Japão e Coreia do Sul), 2006 (Alemanha) e 2010 (África do Sul) juntas. Professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense desenvolveram estudos que mapeiam o abismo: apenas o BNDES deverá desembolsar R$ 31,9 bilhões de dinheiro público nessa farra da bola, desrespeitando “uma série de princípios, como o da publicidade de suas contas, da economicidade e probidade no uso do recurso público”.
Teve início um movimento, muito bem recebido no Brasil, para que Franz Beckenbauer substituísse Jérôme Valcke como interlocutor da Fifa com nosso governo. Até Joseph Blatter vir à boca de cena e informar ao distinto público que Valcke segue firme na posição de sempre.
A última vítima das broncas monumentais de Dilma Rousseff foi o ministro Gilberto Carvalho, que não deverá permanecer muito tempo mais no cargo. Ele já comunicou sua intenção de sair a Lula da Silva, a quem “representa” no ambiente palaciano. A presidente também vinha desconfiando de que Carvalho era o responsável pelo vazamento à imprensa de assuntos tratados em reuniões reservadas. Até que passou a cortá-lo desses encontros e nada mais foi publicado indevidamente.
Os tucanos vivem mais um grande dilema político. Para afastar José Serra da campanha presidencial de 2014, há quem defenda prévias para escolher o candidato do partido até abril de 2013 – o que impediria Serra de qualquer movimento nesse outro tabuleiro. Porém, isso obrigaria o escolhido, possivelmente o senador Aécio Neves, a entrar em campanha muito cedo, inclusive começando a bater no governo.
Por razões que até Deus duvida, o deputado Tiririca, ao que parece, descobriu o que faz um deputado sem função: na maior galhofa, tem dado passes, ora como pastor, ora como pai de santo em eleitoras que o procuram no Congresso reclamando de encostos. O pior é pensar que tais baixarias são pagas com dinheiro público, outra palhaçada de péssimo gosto.
Já estão vigorando medidas mais duras para a entrada de espanhóis no Brasil, numa tentativa de estabelecer reciprocidade aos constantes maus-tratos que brasileiros enfrentam no aeroporto de Madri.
Houve quem prendesse a respiração depois que Fidel Castro perguntou a Bento 16 o que faz um papa. Afinal, como o velho Comandante ilhéu está desocupado...
Quem gosta de luxo não perde por esperar: a rede de hotéis Ritz-Carlton, uma das mais refinadas do mundo, fincou bandeira no Rio de Janeiro, precisamente na Barra da Tijuca. Pretende erguer ali um cinco estrelas com a tradição da marca – realmente de primeira linha.
O cineasta Walter Salles vai disputar a Palma de Ouro em Cannes, com seu novo filme On the road, baseado no livro mítico de Jack Kerouac, cuja produção é assinada por Francis Ford Coppola e Marin Karmitz.
Já Cecília Amado, acaba de ser premiada no Festival de Cinema de Punta del Este, com Capitães de areia. Foi escolhido o melhor filme pelo júri popular. E o avô, Jorge Amado Jorge, será tema de exposição no Museu da Língua Portuguesa, em Sampa, enfeitada por fitas do Senhor do Bonfim, cacau torrado e garrafas de dendê.