sábado, 28 de novembro de 2009

freqüentar os bregas no centro e na Cidade Baixa. As noites, principalmente nos finais de semana, eram agitadas, com o vai-e-vem dos homens em busca de uma saia, um par de pernas, um aconchego. O pessoal andava de brega em brega, para ver as novidades e não repetir mulher, pois aí já virava “compromisso”. Se o cara fosse para a cama três vezes com a mesma mulher ela já virava sua “amante” ou “favorita” e quando ele chegava, ela saia do colo de qualquer um, em posição de respeito. Mas, também, ai dele se procurasse outra mulher da casa. Era passível de levar uma Gillete na cara.
O pessoal andava, evitando sujar o terno de linho branco, de um ponto a outro. Saía da Gamboa e ia para a Montanha; da Montanha para a Conceição da Praia, da Conceição da Praia para a Nossa Senhora da Ajuda e outros. Os bregas mais famosos eram o Maria da Vovó, o 63 e um da Gamboa que não lembro o nome e outro lá na Gameleira. Também tinha puteiro para todo tipo de bolso. Quem tinha grana, dava uma passada antes no Varandá, para ouvir música e comer bem antes do lufa-lufa. Ou ia para lá depois da esbórnia. Quem não tinha lá essa grana toda corria o risco no Maciel ou na Ladeira da Misericórdia e Ladeira da Montanha ou na rua do Aliança. Tabaris era coisa de luxo e para poucos, tanto que tinha de estar trajado a caráter. O lugar era tão bom de música, comida, bebida e prazer que as próprias putas quando fechavam o negócio iam para lá se divertir.
O movimento intenso do vai-e-vem entre as buates, como a Cloc e o Anjo Azul ou cassinos, era determinante para saber das novidades: quais as casas que estavam com meninas novas. Qual a francesa que tinha chegado, qual a argentina que foi contratada ou uma polaca, sendo nestes tipos as mais procuradas. E cada novidade custava os olhos da cara e os jovens que viviam de mesada, de arranjos ou de biscates, só podiam olhar, enquanto tomava um Cuba Libre com bastante gelo para refrescar a cabeça. Era tudo mais simples.

Andando sem perigo na alta madrugada

Novembro/2008

Jolivaldo Freitas

Quem é de hoje não consegue entender ou visualizar uma Salvador, onde se podia andar nas ruas altas horas da madrugada ou mesmo dormir no banco da praça, caso perdesse o ônibus - pois ônibus só circulava até as dez da noite e quem perdesse só conseguiria outro às cinco da manhã , sem ser molestado, não sofrendo assalto ou qualquer tipo de agressão. Pelo contrário, tinha sempre alguém que encostava e perguntava se estava tudo bem, se precisava de alguma ajuda. Era uma cidade civilizada. Ladrão, quando tinha, era ladrão de galinha e todo mundo sabia o nome. Somente as fofoqueiras de plantão, que madrugavam para tomar conta da vida dos outros é que infernizavam. Lembro de seo Callado chegando em casa com o sol raiando, se arrastando de bêbado e feliz, levando ramalhetes de flores, compradas nas Sete Portas, para dona Railda.
E as fofoqueiras dizendo:
- Coitada de dona Railda. Não merece um marido vagabundo e sem-vergonha assim.
Mas, ela chegava, recebia as flores, fingia contrariedade, tirava a roupa suada do marido e só Deus sabe o que acontecia depois. Ela estava sempre com um sorriso no rosto e nunca ligou para fofoca. Callado, hoje, fica pescando siri na Ribeira. Dona Railda já se foi, coitada. Mas foi numa boa.
Daí que a maior diversão para a garotada, nesta cidade que era uma imensa província, e para os marmanjos de todas as idades, era

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Lula o que é de Lula

Chico Bruno: A Lula o que é de Lula

Publicado por Adriana Vandoni em 26/11/2009 às 13:42 hs. Acompanhe as respostas pelo RSS 2.0.

Por Chico Bruno

O presidente Lula na primavera deste mês de novembro recebeu, em curto espaço de dias, três presidentes de países do Oriente Médio. O primeiro foi o presidente de Israel Shimon Peres. Logo em seguida o da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas e por último o do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Um feito inédito.

Nunca antes na história do Brasil aconteceu um evento de tamanha magnitude nas relações diplomáticas do país.

Ponto para Lula. Ao presidente o que é do presidente.

Aqui não convém discorrer sobre os regimes presididos por Peres, Abbas ou Ahmadinejad, como o fizeram os que protestaram contra a visita do iraniano.

Convém discorrer sobre o papel do Brasil em receber nesta primavera de novembro autoridades tão dispares entre si.

Lula o fez por pragmatismo e pela inserção de seu governo no mundo.

As três visitas precisam ser analisadas colocando-se de lado as disputas.

Não dá para se reduzir as relações diplomáticas brasileiras a uma simples querela entre o bem e o mal, como alguns pretenderam fazer.

Lula conseguiu harmonizar um discurso factível e hegemônico para os três visitantes.

Além disso, como disse Lula foi uma demonstração “da diversidade das relações internacionais do Brasil”.

Para Lula é preciso avaliar quem está na direção oposta à paz para deixar de fora das negociações.

- Precisamos detectar agora é quem não quer a paz, a quem interessa que não haja paz no Oriente Médio. Alguém está ganhando com isso.

Essa declaração não precisa ser decifrada. Ela sintetiza todo o rumo da prosa de Lula com Peres, Abbas e Ahmadinejad.

Ao pronunciá-la, Lula colocou todo mundo em guarda.

Afinal, na disputa do Oriente Médio sempre alguém está ganhando.

O impopular FHC

qua, 25/11/09
por Paulo Moreira Leite |
categoria Geral

Um dos mistérios da pesquisa CNT/Sensus envolve a impopularidade de Fernando Henrique Cardoso. Conforme o levantamento, FHC virou um cabo eleitoral ao contrário: 49,3% dos eleitores dizem que não votarão em candidato recomendado por ele.

É uma informação intrigante, no mínimo. FHC é, de longe, o mais culto presidente que já governou o país. Depois de deixar o Planalto, no final de oito anos de governo, recebeu um tratamento nobre de amigos e aliados. Obteve ajuda para montar o instituto que leva seu nome. Escreve artigos regulares em dois dos principais jornais brasileiros. É sempre ouvido em questões relevantes, com uma autoridade que o país reserva a pouquíssimas personalidades, de qualquer área de atuação.

Como recorda a colunista Dora Kramer, os feitos do governo de Fernando Henrique “incluem um plano economico que acabou com a inflação, estabilizou a moeda, ajustou as contas públicas, pôs o Brasil no rol do mundo e, só para citar o efeito mais vistoso das privatizações, universalizou o acesso à telefonia e viabilizou o acesso à internet.”

Mesmo assim, FHC tornou-se um perigo aos planos tucanos de retornar ao Planalto em 2010.

Por que?

Um pesquisador ligado ao PSDB recorda que a herança de FHC nunca foi defendida pelos próprios tucanos, pelo receio óbvio de serem prejudicados por ela. O país enfrentou duas campanhas presidenciais de 2002 para cá e, nessas duas oportunidades, ouvia-se apenas o discurso dos adversários de FHC. Seus herdeiros e aliados jamais se dignaram a defendê-lo, contribuindo para sedimentar um balanço negativo de seu governo.
Faz sentido. Em 2002, José Serra fez campanha como um candidato semi-oposicionista, que já fazia críticas à política econômica do governo ainda no período em que ela parecia dar certo. Em 2006, Geraldo Alckmin ficou afastado de FHC — em busca de votos, no segundo turno fez uma defesa improvisada e pouco crível de seu amor por empresas estatais.

Antes de lamentar a ingratidão dos concorrentes, contudo, cabe recordar que nossos políticos são motivados por espírito profissional e obedecem a técnicas clássicas de campanha.

Fernando Henrique foi um presidente popular no primeiro mandato. Teve muito mais dificuldade para aprovar o direito a um segundo mandato no Congresso do que para receber o voto da população em 1998. Mas os últimos quatro anos de governo acumularam diversos desastres.

O cambio fixo, que garantia a comida barata explodiu — e a vida dos mais pobres piorou. Um escandalo financeiro abriu um rombo no comando do Banco Central. A falta de energia impediu a retomada do crescimento quando ela parecia possível e o Brasil foi submetido a um ritual de racionamento, típico de países subdesenvolvidos. No último ano de governo, a inflação disparou, alimentada por um ambiente de receio e pequeno terror pela vitória de Lula — artificialmente alimentado por economistas influentes, ligados ao governo, que apostaram na insegurança como uma arma para derrotar o candidato do PT. Quando Lula tomou posse, a inflação estava em 12% ao ano — e a conta foi para o governo anterior.

O resultado é que a vida dos mais pobres piorou durante os oito anos de governo FHC. “Entre o começo do governo em 1995 e o fim do governo, em 2003, o salário perdeu poder de compra,” admite um assessor tucano. A pancadaria de duas eleições presidenciais em que foi atacado sem que nenhum aliado tivesse disposição para defendê-lo ajudou a derrubar o prestígio de FHC. Mas ele não tornou-se impopular em anos recentes. Já tinha um índice de aprovação ruim no final do segundo mandato. Os índices positivos ficavam em torno de 31%, os negativos chegavam a 25%. O saldo era positivo, mas mínimo — em torno de 6%.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

BRASILEIRO SÓ LÊ UM LIVRO POR ANO

UMA CATASTRÓFE LITERÁRIA- Com 77 milhões de não leitores (21 milhões de analfabetos) os leitores são 95 milhões, mas, leem, em média, só 1,3 livro por ano

Um levantamento elaborado pelo Instituto Pró-Livro mostra que o brasileiro lê muito pouco. São 77 milhões de não leitores, dos quais 21 milhões são analfabetos. Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7 ainda assim baixo. Os dados estão na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios de todos os estados em 2007. O livro é pouco presente no imaginário do brasileiro, explica o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos.Nos Estados Unidos, por exemplo, a população lê, em média, 11 livros por ano. Já os franceses leem sete livros por ano, enquanto na Colômbia, a média é de 2,4 livros por ano. Os dados, de 2005, são da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que integram o Instituto Pró-Livro.

E A PESCADORA DESCONHECIDA

Uma reportagem publicada na terça-feira (24) na edição on-line em inglês da revista alemã "Der Spiegel" analisa a evolução econômica do Brasil nos últimos anos e diz que o presidente Lula da Silva é o “pai dos pobres”. Há!Há!Há! Deve ser dos pobres banqueiros, se olhado com atenção e análise. A revista conta sobre a chegada do presidente a uma pequena cidade no sertão do Piauí onde Lula foi adorado pela população como uma estrela. Também, como é natural, lembraram a infância pobre de Lula no Nordeste e o contraste do ex-retirante agora viajar de helicóptero e carros blindados com escolta da polícia e a pouca atenção que o povo dá aos seus exageros. Segundo a revista, "Ele chegou ao topo, dizem, então porque não pode aproveitar o sucesso?", diz citando entrevistados. E lembra que o desenvolvimento econômico do Brasil é descrito como uma razão para considerar o país uma estrela entre os países em desenvolvimento. A revista, por um lado, registra os avanços recentes no comércio internacional, mas, por outro, também elenca os principais problemas do país que dizem respeito à burocracia. "Será que a falta de energia elétrica que atingiu grande parte do país há duas semanas é um sinal de alerta de que o país mordeu mais de que consegue mastigar?", pergunta. E aponta que a modernização da infraestrutura no país está acontecendo, mas de forma muito lenta. A revista diz que o país não teve muito sucesso no combate à criminalidade. E relata que a ministra Dilma Roussef é descrita como a escolhida de Lula para sucedê-lo. a "Spiegel" relata que estava junto com o presidente na viagem pelo Nordeste. "O presidente a puxa para seu lado quando caminha até o microfone, e menciona seu nome repetidas vezes. Poucas pessoas na região sabem quem ela é", diz a reportagem. E que eles não viram a foto dela pescando com o presidente.

CRIADOR E CRIATURA

Não concordo muito com todos os pontos de vistas expressos pelo Dimenstein no comentário abaixo, mas, apesar do grande erro que foi a reeleição, é impossível, de sã consciência, não reconhecer que FHC foi o grande criador do Brasil moderno que quase se chega a ter. Faltou nele a coragem para mexer na universidade pública e gastar a dinheirama com promoção pessoal e cooptação que Lula gastou, mas, de fato,a rejeição que experimenta se deve mais à sua língua solta do que ao que fez. Se tivesse sido demagogo como deveria ter sido e tivesse dado mais migalhas aos pobres, certamente, seria tido como o grande presidente do país. Mas, com exceção do alargamento do crédito (também uma sorte de Lula, pois, proveio do caso do Banco Rural)a estabilidade e o lineamento econômico se deve até hoje ao seu governo. Pena que não tenhamos avançado tanto quanto devíamos quando o céu era de brigadeiro.

"FHC é o grande padrinho de Lula

Gilberto Dimenstein

Leio análises falando que um dos pontos vulneráveis de José Serra-e teria aparecido na mais recente pesquisa mostrando a subida de Dilma Roussef-é Fernando Henrique Cardoso, com alta taxa de rejeição. Por isso, o ex-presidente seria escondido na campanha. A verdade é que, por outros motivos, FHC é o grande padrinho de Lula --qualquer pessoa com um mínimo de equilíbrio terá de concordar com isso. Em essência, o governo Lula é a continuidade da gestão anterior-e aí está um dos pontos mais inteligentes do presidente. Ele pegou a inflação baixa, um país na rota do crescimento, as bases de seu mais importante programa social em andamento (o Bolsa Família). As finanças públicas tinham passado por medidas importantes como a lei de responsabilidade fiscal. Lula soube aprimorar o que recebeu. Radicalizou a política social, manteve as bases econômicas. Para completar, além da sorte com a descoberta do pré-sal, passou por uma época de crescimento mundial-com exceção dos últimos 12 meses. Não herdasse o que herdou, teria muito menos condições de angariar um prestígio tão grande. É tolice não reconhecer a habilidade de Lula e seu extraordinário pragmatismo. Mas é tolo não reconhecer que FHC é seu grande padrinho, cuja alta taxa rejeição faz parte daquelas injustiças -mas será reparada pela história.
*
Ninguém no PSDB, a começar por José Serra, consegue nem remotamente ter a postura de estadista de FHC".

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

carta de Battisti á LULA

Tradução de Mário Faustino)
EM CARTA A LULA, BATTISTI AFIRMA QUE AÇÕES TERRORISTAS FIZERAM UMA ITÁLIA MELHOR. PARABÉNS, MINISTRO MARCO AURÉLIO!!!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009 | 15:57

Já escrevi aqui, e é fato, que o caso Battisti, em si, não chega a ser um botão quente, não é? Se as oposições tivessem a coragem de levar o homicida à televisão, e também as suas vítimas, a coisa talvez fosse diferente. Mas não o farão. Defendo a extradição porque acho que lugar de assassino é na cadeia. É questão simples. E, claro, pesa o asco que tenho pela canalha terrorista.

Battisti enviou uma carta a Lula, tornada pública. Espero que o ministro Marco Aurélio de Mello a leia com atenção para perceber a canalhice intelectual e moral com a qual está colaborando. Dos demais que decidiram que Lula é César, não espero grande coisa — nem mesmo uma leitura percuciente do texto.

A impostura segue abaixo. No começo do caso, Battisti fazia questão de se apresentar como alguém que tinha renunciado à política, que se ocupava agora da natureza, dos passarinhos e de assuntos morais. Mais: apresentava-se como um arrependido. Dado o andamento das coisas, voltar a ser um “político” passou a ser útil. Na carta a Lula, ele se apresenta como um utopista e, atenção, SUSTENTA QUE AS AÇÕES TERRORISTAS AJUDARAM A CRIAR UMA ITÁLIA SOCIALMENTE MAIS JUSTA. É claro que ele não chama terrorismo de “terrorismo”. O país teria melhorado, diz ele, em razão do sangue dos “companheiros” que tombaram. Sobre o sangue de suas vítimas, ele nada diz. Pulha!

Às vezes, sinceros amigos meus me dizem: “Você é muito duro; não se exponha tanto”. Perdão! Não consigo! O que vai abaixo é a mais descarada, safada e vigarista defesa do TERRORISMO. E Battisti defende o terrorismo para deixar claro que seus atos foram “políticos”. E, dada a seqüência, o crime político parece alguma coisa mais doce e melhor do que o crime comum.

Parabéns, ministro Marco Aurélio — e note que só me refiro ao senhor, uma deferência. O senhor se torna signatário desta rara peça de moral humanista. Aprendemos que o sangue do crime político é mais barato. E pode ser libertador, não é? Segue íntegra da carta.

*

“AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
SUPREMO MAGISTRADO DA NAÇÃO BRASILEIRA

AO POVO BRASILEIRO
“Trinta anos mudam muitas coisas na vida dos homens, e às vezes fazem uma vida toda”.
(O homem em revolta - Albert Camus)

Se olharmos um pouco nosso passado a partir de um ponto de vista histórico, quantos entre nós podem sinceramente dizer que nunca desejaram afirmar a própria humanidade, de desenvolvê-la em todos os seus aspectos em uma ampla liberdade. Poucos. Pouquíssimos são os homens e mulheres de minha geração que não sonharam com um mundo diferente, mais justo.

Entretanto, freqüentemente, por pura curiosidade ou circunstâncias, somente alguns decidiram lançar-se na luta, sacrificando a própria vida.

A minha história pessoal é notoriamente bastante conhecida para voltar de novo sobre as relações da escolha que me levou à luta armada. Apenas sei que éramos milhares, e que alguns morreram, outros estão presos, e muito exilados.

Sabíamos que podia acabar assim. Quantos foram os exemplos de revolução que faliram e que a história já nos havia revelado? Ainda assim, recomeçamos, erramos e até perdemos. Não tudo! Os sonhos continuam!

Muitas conquistas sociais que hoje os italianos estão usufruindo foram alcançadas graças ao sangue derramado por esses companheiros da utopia. Eu sou fruto desses anos 70, assim como muitos outros aqui no Brasil, inclusive muitos companheiros que hoje são responsáveis pelos destinos do povo brasileiro. Eu na verdade não perdi nada, porque não lutei por algo que podia levar comigo. Mas agora, detido aqui no Brasil não posso aceitar a humilhação de ser tratado de criminoso comum.

Por isso, frente à surpreendente obstinação de alguns ministros do STF que não querem ver o que era realmente a Itália dos anos 70, que me negam a intenção de meus atos; que fecharam os olhos frente à total falta de provas técnicas de minha culpabilidade referente aos quatro homicídios a mim atribuídos; não reconhecem a revelia do meu julgamento; a prescrição e quem sabe qual outro impedimento à extradição.

Além de tudo, é surpreendente e absurdo, que a Itália tenha me condenado por ativismo político e no Brasil alguns poucos teimam em me extraditar com base em envolvimento em crime comum. É um absurdo, principalmente por ter recebido do Governo Brasileiro a condição de refugiado, decisão à qual serei eternamente grato.

E frente ao fato das enormes dificuldades de ganhar essa batalha contra o poderoso governo italiano, o qual usou de todos os argumentos, ferramentas e armas, não me resta outra alternativa a não ser desde agora entrar em “GREVE DE FOME TOTAL”, com o objetivo de que me sejam concedidos os direitos estabelecidos no estatuto do refugiado e preso político. Espero com isso impedir, num último ato de desespero, esta extradição, que para mim equivale a uma pena de morte.

Sempre lutei pela vida, mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pela mão dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei minha luta até o fim, e, embora cansado, jamais vou desistir de lutar pela verdade. A verdade que alguns insistem em não querer ver, e este é o pior dos cegos, aquele que não quer ver.

Findo esta carta, agradecendo aos companheiros que desde o início da minha luta jamais me abandonaram e da mesma forma agradeço àqueles que chegaram de última hora, mas, que têm a mesma importância daqueles que estão ao meu lado desde o princípio de tudo. A vocês os meus sinceros agradecimentos. E como última sugestão eu recomendo que vocês continuem lutando pelos seus ideais, pelas suas convicções. Vale a pena!

Espero que o legado daqueles que tombaram no front da batalha não fique em vão. Podemos até perder uma batalha, mas tenho convicção de que a vitória nesta guerra está reservada aos que lutam pela generosa causa da justiça e da liberdade.

CONFECOM: A SOVIETIZAÇÃO DO BRASIL

CONFECOM: A SOVIETIZAÇÃO DO BRASIL

NIVALDO CORDEIRO Empresário e escritor

No próximo dia 14 de dezembro acontecerá em Brasília um grande evento político, a CONFECOM - Conferência Nacional de Comunicações. Quem olha o assunto pela primeira vez pode não se dar conta da importância do mesmo. Aqui não se trata meramente de um evento para tratar do setor de comunicações e nem mesmo se trata de preservar a liberdade de imprensa. O que está em jogo é um ensaio inovador de formulação de políticas públicas, a partir de um modelo basista - aos moldes dos sovietes leninistas - devidamente controlados por maioria do partido governante.

O que ganha o governo com isso? O que ganha o PT? Praticamente, se este ensaio der certo, ficará criada uma forma de decisão política paralela ao Congresso Nacional, cabendo a este apenas a figura homologatória de fazer a norma positiva. É uma ousadia sem precedentes do governo Lula, ensaiar essa sovietização do Brasil, passando por cima da Constituição e do Poder Legislativo. Mesmo que as tais recomendações do relatório final da CONFECOM sejam devidamente recusadas pelos legisladores, haverá a vitória política de Lula e do PT por ter levado a cabo a gigantesca mobilização, que está mexendo com gente de todos os recantos do Brasil. Um processo que certamente será repetido com outros temas no futuro. É uma tentativa de acabar com a democracia representativa como a conhecemos, mesmo sem alterações na Constituição.

Lamento não ter ouvido uma palavra da grande imprensa contra essa violência às instituições. As empresas do setor são vítimas coniventes. Nem um discurso no Congresso Nacional contra a usurpação do seu poder. Os representantes eleitos são coniventes. Certamente que essa omissão custará caro aos brasileiros. Tenho visto, há anos, aqueles que têm dinheiro e poder para enfrentar os revolucionários comunistas irem recuando a cada passo de avanço dos inimigos da sociedade aberta. Sempre preservando interesses particularistas e recebendo, em troca, concessões econômicas, nem sempre legítimas. O episódio do "Mensalão" revelou o grau de corrupção de que o sistema é capaz. Este método de cooptação, todavia, parece que foi esgotado e o partido de Lula resolveu agora implantar o modelo consagrado nos manuais de Lênin. Todo o poder aos sovietes!

E bem sabemos o que são os sovietes: uma caricatura de democracia direta, em que os delegados "livremente eleitos" são marionetes do partido e cumprem disciplinadamente as decisões tomadas dentro do chamado "centralismo democrático". Calar diante do que está acontecendo é mais do que omissão e covardia: é entregar o país aos celerados revolucionários. Não podemos subestimar o que estão fazendo. É hora dos que têm responsabilidade agir, em nome da liberdade da gente brasileira, em nome das gerações futuras.

O fato é tão importante que o a Executiva Nacional do PT baixou uma resolução específica para o evento, para a qual convido você, meu caro leitor, fazer uma leitura atenta. Já no Preâmbulo do documento estão contidas todas as más intenções políticas do PT:

"A Conferência Nacional de Comunicação convocada pelo governo Lula é uma importante conquista dos movimentos que lutam pela democratização do setor no Brasil. O PT apóia o conjunto de reivindicações desses movimentos, conforme resolução aprovada em conferência partidária realizada em abril de 2008. Na 1ª Confecom, a intervenção petista se dará de duas maneiras: uma, ao lado das lutas especificas de cada área outra, mais ampla, na construção de um novo modelo legal para todo o setor das comunicações - sem o que dificilmente haverá avanços nas questões pontuais. A definição de um marco regulatório democrático estará no centro de nossa estratégia, tratando a comunicação como área de interesse público, criando instrumentos de controle público e social e considerando a mudança de cenário provocada pelas tecnologias digitais. O PT também lutará para que as demais ações estatais nessa área promovam a pluralidade e a diversidade, o controle público e social dos meios e o fortalecimento da comunicação púbica, estatal, comunitária e sem finalidade lucrativa. Mais do que combater os monopólios e todos os desvios do sistema atual, é preciso intervir para que eles não se repitam ou se acentuem nesse novo cenário tecnológico - que dentro de poucos anos superará completamente o antigo modelo".

A Conferência não é tida como um ato de rotina administrativa do governo, mas como "conquista" dos movimentos, que todos sabemos são aparelhados pelo PT. No Capítulo Segundo, declara que o marco regulatório deve estabelecer, entre outras coisas: "Atribuições e limites para cada elo da indústria de comunicação (criação, produção, processamento, armazenamento, montagem, distribuição e entrega), impedindo que uma mesma empresa possa atuar nos mercados de conteúdo e infra-estrutura". No seu Capítulo Terceiro está escrito que o PT defenderá a criação do Conselho de Comunicação Social, a própria institucionalização da censura prévia, já rejeitada anteriormente pela sociedade. No Quarto, que a Internet deve ser regulada, ou seja, controlada politicamente. Não há dúvida de que os documentos que vão emergir desse conclave sovietizado estarão em sintonia com a vontade política expressa nessa resolução.

É a instância partidária se sobrepondo ao Estado, não apenas ao Poder Legislativo, como também ao Poder Executivo. Quem manda é o partido.

Há um site pró-conferência, composto por entidades vinculadas aos militantes esquerdistas, que está à frente das mobilizações. O panfleto que sugere ser distribuído na mobilização é uma peça antimercado, anticapitalista e anti-sociedade aberta. Um clone do Manifesto Comunista aplicado às comunicações. Lá está escrito que "É dever do Estado garantir que todo mundo possa acessar e produzir conteúdos para se informar e se comunicar". Bem sabemos o que significa isso: o fim da liberdade de produzir e veicular notícias sem a censura prévia dos comissários do partido.

Fique atento, caro leitor: os sovietes já chegaram e estão agindo para tomar o poder total no Brasil. A luta pela liberdade precisa se tornar uma mobilização de massa imediatamente.

GRAVE AMEAÇA À LIBERDADE!

GRAVE AMEAÇA À LIBERDADE!

*Heitor De Paola

A estratégia do Foro de São Paulo, embora ainda muito forte e vitoriosa, começa a fazer água em alguns pontos da estrutura. Nada ainda decisivo, embora os sinais de alarme já estejam soando em vários países da Iberoamérica.

E no Brasil de São Lula, o Bem Amado? Parece-me que passou despercebida uma imensa ameaça que paira sobre nossa liberdade e a divisão de poderes: a condenação de Lula aos poderes fiscalizadores da República, particularmente ao Tribunal de Contas da União – isto um dia depois de dizer que a função da imprensa é informar e não fiscalizar. Logo após o indiciamento por ordem do TCU de 22 pessoas acusadas de fraude por superfaturamento (R$ 239 milhões) nas obras do PAC, Lula criticou duramente o órgão. Reclamou do rigor dos auditores, dizendo que “é difícil governar o País com a máquina de fiscalização atual e ameaçou divulgar um ‘relatório de absurdos’ com relação a obras interrompidas sem motivo razoável (segundo O Globo, 24/10/2009).

Além de querer se sobrepor ao TCU determinando ele mesmo o que é e o que não é razoável, competência exclusiva dos órgãos de fiscalização, ainda os ameaçou, defendendo “punição para quem determina a paralisação de obras” por razões que ele, Lula, não “considera corretas”! Se esta não é uma atitude ditatorial não sei mais o que seja. Que pretendw Sua Excelência? Mandar prender os Desembargadores do TCU? Trocá-los por outros, ao estilo comunista explícito? Extinguir o órgão?

Não, Lula pode ser iletrado, mas é muito esperto e tenta disfarçar seus propósitos totalitários através da sugestão de uma “Câmara Inatacável”. Com seu característico linguajar de botequim defendeu e definiu vagamente esta Câmara “Pessoas às vezes de 4º escalão resolvem que não pode e acabou. Não existe um fórum. Se for para a Justiça demora muito tempo, anos. Precisamos criar instrumentos em que estas coisas, na hora de decidir, na hora que alguém entender que uma obra tem que parar, tem que ter uma câmara, alguma coisa de nível superior, tecnicamente inatacável, para decidir. Porque senão o País vai ficar atrofiado”.

Examinando os termos que coloquei em itálico:

Pessoas de 4º escalão: Ministério Público local e Juízes de Primeira Instância a quem cabe fiscalizar as obras locais. Com quatro palavras Sua Excelência atacou o cerne da descentralização do poder, a base do rule of Law e o fundamento das liberdades individuais. Como, no dizer de Lula, não existe curso para Presidente por isto não fez curso algum, ele não aprendeu que nos países civilizados em que impera o rule of Law, um único cidadão pode paralisar qualquer obra que julgue prejudicá-lo – por mais honesta que seja – até ser julgada sua ação pelo Poder Competente: a Justiça.

Justiça (morosa): sim, todos têm queixas da morosidade da Justiça brasileira, mas “ruim com ela, pior sem ela”! Gostemos ou não é ela que tem as funções de fiscalização e decisão sobre assuntos de sua competência. Mas Sua Excelência, julgando-se predestinado a acelerar o crescimento – pura balela eleitoreira! – não quer se submeter a ela e sugere substituí-la por alguma outra “coisa”:

Alguma coisa de nível superior, tecnicamente inatacável: sugere Vossa Excelência sobrepor-se a Montesquieu, Tocqueville e outros da mesma estirpe, criar um quarto poder por considerar que os três existentes lhe barram o caminho para o poder total? Quem escolheria esta ‘coisa’ técnica? Quem nomearia seus integrantes? Os ‘predestinados’ como Sua Excelência? Ou seria ‘uma coisa democrática’, eleita ou referendada em plebiscito pelo povo alimentado pelo Bolsa Família?

A idéia de uma ‘coisa’ técnica é a eliminação total da política e da juridicidade, ideal de todas as ditaduras. Seria algo assim como o GOSPLAN, o Comitê Estatal de Planejamento, órgão cuja principal função era o estabelecimento dos Planos Qüinqüenais soviéticos - o PAC comunista -, cuja função inicialmente era só consultiva e posteriormente se tornou um órgão todo-poderoso? Ou o Ministério de Obras Públicas do III Reich que implementou o PAC nazista?

Estranho que ninguém tenha se dado conta do grave perigo que corremos no País Natal do Foro de São Paulo.

* Médico, escritor e analista político.
hdepaola@ter

VERDADES SOBRE AS CAMPANHAS DE LIBERAÇÃO DAS DROGAS

VERDADES SOBRE AS CAMPANHAS DE LIBERAÇÃO DAS DROGAS PDF Imprimir E-mail
Escrito por Movimento Viva Brasil
Domingo, 08 de Novembro de 2009 00:00

A imagem abaixo é emblemática. A primeira coisa que chama a atenção são as duas matérias centrais. A esquerda, sobre o controle de armas e a direita sobre a legalização das drogas. Não se deixem enganar pelos títulos, que em ambos os casos mascaram a realidade contida no corpo das matérias, sem nenhuma sutileza. Quando falam em controle de armas, estão falando em proibição de armas para o cidadão honesto e quando falam em fracasso da proibição das drogas falam na liberação das mesmas.

Ao lado esquerdo, em um pequeno menu chamado de “Temas” há mais indicativos do que querem e o tratamento diferenciado para drogas e armas. Vejam, mais uma vez falam em controle de armas e política de drogas, ou seja, mais uma vez defendem a proibição de armas e a liberação das drogas. Tudo uma questão de semântica ou o uso do que seria chamada de novilíngua por George Orwell em sua obra literária “1984”.

1984 É HOJE!

Para quem não conhece essa magnífica obra, Novilíngua é um idioma fictício criado por um governo hiperautoritário.


Clique para fazer o download do livro
A novilíngua era desenvolvida não pela criação de novas palavras, mas pela "condensação" e "remoção" delas ou de alguns de seus sentidos, com o objetivo de restringir o escopo do pensamento. Uma vez que as pessoas não pudessem se referir a algo, isso passaria a não existir. Assim, por meio do controle sobre a linguagem, o governo seria capaz de controlar o pensamento das pessoas, impedindo que idéias indesejáveis viessem a surgir.

Outro termo criado nesta obra e plenamente aplicável é o “duplipensar”. Nas palavras do autor:

“Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra "duplipensar" era necessário usar o duplipensar”.

O PAPEL DO GOVERNO - ARMAS NÃO, DROGAS SIM

Reparem ainda nos logos na parte superior. Mostram o apoio do Governo Federal com a participação ativa no PRONASCI - Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Não resta dúvida então, da concordância com a linha de atuação, com a linha ideológica. O Ministério da Justiça, representando aqui o Governo Federal já deixou clara sua idéia de desarmar os honestos e agora apóia sem maiores pudores a liberação das drogas.

Não obstante, encaminhou ainda para o Congresso um Projeto de Lei que livrará da cadeia o chamado “pequeno traficante”. De acordo com a nova proposta, quem for flagrado pela polícia vendendo pequena quantidade, estiver desarmado e não tiver ligação comprovada com o crime organizado será condenado a penas alternativas.

O que é pequena quantidade? 100 gramas, meio quilo? E o que seria “não tiver ligação comprovada com o crime organizado”? Se ele não planta maconha da sua casa, não refina cocaína, e não produz ecstasy, como ele não teria ligação com o crime organizado internacional? Qual seria a pena alternativa? Trabalhar em clinicas para viciados? Talvez em escolas?

E o fato de estar ou não armado? Qual a preocupação? Que ele mate outro “pequeno traficante” para garantir sua “pequena boca de fumo”? Ou que ele acabe matando um viciado que lhe deve, tirando assim um cliente deste lucrativo mercado?
Quantas perguntas...

E POR FALAR EM LUCRATIVO

A ONG Viva Rio, velha conhecida ONG desarmamentista e financiada por empresas, fundações, governos estrangeiros e pelo governo Federal, Estadual e Municipal, com o nosso dinheiro, apresenta uma longa lista e ao verificá-la um nome chama a atenção: George Soros.

George Soros - A favor das drogas - De olho nos narcodólares
George Soros é um conhecido mega especulador baseado nos EUA. Dono de uma das maiores fortunas do mundo é hoje o maior financiador pela legalização das drogas, utilizando o falso discurso de que já que não conseguimos combater é necessário legalizar para diminuir o consumo.

Perceberam a lógica transversa por trás disto? Ou seja, na fala deste senhor, como bem exemplificou Olavo de Carvalho em seu texto “Pensando com a cabeça de George Soros”: “Se o senhor Soros já existisse no tempo da Revolução Russa, Lênin e Stalin não precisariam ter matado tantos cristãos para erradicar o cristianismo: bastaria que pusessem à venda milhões de Bíblias a preço de banana, na Praça Vermelha, como o senhor Soros sugere fazer com a cocaína colombiana na Praça XV do Rio de Janeiro. Hitler poderia copiar a fórmula, imprimindo exemplares da Torá bem baratinhos, e logo não sobraria um só judeu na Alemanha. Quanto sangue correu porque o mundo não conhecia a sabedoria de George Soros!”

Mas como pode alguém que já chegou a ganhar um bilhão de dólares em um único dia ser tão ignorante? Não, não há um só pingo de ignorância neste homem, o que há na realidade é um balde de má fé e total ausência de escrúpulos. Explico abaixo.

MERCADO INEXPLORADO E BILIONÁRIO – OS NARCODÓLARES

Para investidores ou especuladores como George Soros, a palavra mercado inexplorado soa como a mais bela sinfonia. Saltam dos olhos, como nos desenhos animados, os cifrões.

Com uma movimentação beirando os 350 bilhões de dólares, segundo a ONU, o mercado ilegal de drogas é hoje o único filão ainda não oficialmente explorado. Com a liberação mundial das drogas, podemos ter certeza que chegaríamos fácil no montante de 1 trilhão de dólares. Tão certo disso está o Sr. Soros que já adquiriu terras na Bolívia.
Fica claro então, que da mesma forma que o desarmamento nada tem a ver com o controle de criminalidade e violência, a liberação da droga também não tem nenhuma ligação com a proteção da sociedade.

E não pense que é só a iniciativa privada que está de olho neste inesgotável mercado de baixa ética e grande lucratividade. O grandalhão-governador-canastrão Arnold Schwarzenegger, já vislumbrou essa possibilidade e sem maiores delongas, através do deputado democrata Ammiano, pretende estatizar a venda da maconha e recolher por ano aproximadamente U$ 1,3 bilhão.

DIREITO INDIVIDUAL VERSUS DIREITO COLETIVO

Aliás, sempre que se fala em desarmamento e liberação das drogas, cita-se a questão do bem comum, ou seja, o meu direito de ter uma arma registrada, legalizada para defender minha família valeria menos que o suposto direito comum que a sociedade teria em não conviver com alguém armado. Sobre isso cito o ensaio What Is Capitalism de Ayn Rand, com tradução de Reinado de Azevedo:

"Quando, numa sociedade, o 'bem comum' é considerado algo à parte e acima do bem individual, de cada um de seus membros, isso significa que o bem de alguns homens tem precedência sobre o bem de outros, que são relegados, então, à condição de animais prontos para o sacrifício. Presume-se, nesse caso, implicitamente, que o 'bem comum' significa o 'bem da maioria' tomado como algo contrário à minoria ou ao indivíduo. Observe-se ser esta uma suposição implícita, já que até mesmo as mentalidades mais coletivistas parecem perceber a impossibilidade de justificá-la moralmente. Mas o 'bem da maioria' é nada mais do que uma farsa e uma fraude: porque, de fato, a violação dos direitos de um indivíduo significa a abolição de todos os direitos. Isso submete a maioria desamparada ao poder de qualquer gangue que se autoproclame a 'voz da sociedade', que passa a subjugá-la por meio da força física, até ser deposta por outra gangue que empregue os mesmos métodos.”

Perguntarão os mal intencionados: E o uso de drogas não é um direito individual? Você pode ter uma arma e eu não posso cheirar uma carreirinha “socialmente”?

Não, não pode. Como não sou especialista recorro ao ótimo artigo “O direito de não usar drogas” do Prof. Ronaldo Laranjeira, professor titular de Psiquiatria da Unifesp, é coordenador do Instituto Nacional de Políticas do Álcool e Drogas (Inpad) do CNPq:

“A defesa do direito ao uso de drogas é uma visão por demais simplista e não leva em consideração a complexidade do uso de substâncias, em particular as modificações que o uso de drogas provoca no sistema nervoso central. Parte-se do princípio de que todos os usuários de drogas teriam plenas capacidades de decidir sobre o seu consumo. Não podemos afirmar que todos os que usam drogas estejam comprometidos quanto ao seu julgamento, mas podemos argumentar que uma parte significativa dos usuários apresenta diminuição de sua capacidade de tomar decisões.

As drogas que produzem dependência alteram a capacidade de escolher quando, quanto e onde usar. É ilusório pensar que um dependente químico tenha total liberdade sobre o seu comportamento e possa decidir plenamente sobre a interrupção do uso. É por isso que os dependentes persistem no comportamento, com grandes prejuízos individuais, para sua família e para a sociedade.”

Ou seja, a premissa da liberdade individual se perde com o simples fato que possuir uma arma não me torna menos consciente de minhas atitudes e atos, ao contrário das drogas. Quem usa drogas perde parcial ou totalmente a capacidade de usar mais ou parar de usar.

QUEM CHEIRA MATA


Capa revista Veja - Dedo na ferida
Com esse título na capa, a revista Veja, traz novamente à baila a discussão sobre o papel do usuário de drogas e a criminalidade.

Na realidade isso não é nenhuma nova constatação. A lógica é simples como 2 mais 2 são 4. A grande virtude vem da coragem de colocar o dedo na ferida.

Assim que vi a capa, imediatamente me lembrei de um antigo comercial anti-drogas veiculado pela ONG Associação Parceria Contra as Drogas há muitos anos atrás. O comercial gerou um tremendo impacto e, óbvio, não ficou muito tempo no ar.

Chamado “Rewind” ele inicia com um jovem vendo a mãe ser assassinada por um criminoso, o filme como o nome indica vai voltando e acaba com o mesmo jovem comprando maconha na favela.

Quem também levantou essa questão, com muito mais crueza, foi o filme “Tropa de Elite” no diálogo entre o capitão Nascimento e um drogado, reproduzo abaixo para quem não lembra:

Cap. Nascimento - Quem matou esse cara?
Cap. Nascimento - Quem matou?
Drogado - Eu não sei!
Cap. Nascimento - Sabe sim! Quem matou?
Cap. Nascimento - Pode falar.
Drogado - Foi um de vocês aí.
Cap. Nascimento - Um de vocês o ca*****. Quem matou esse cara foi você. É você que financia essa m*** aqui. Maconheiro de m****"

Quem fuma o seu baseado, quem ingere o seu ecstasy, quem toma o seu ácido, aceitando ou não financia o crime, gera mais crime.

Mata inocentes, mata policiais, derruba he
licópteros, não há como escapar disso.

CAMPANHAS ANTI-DROGAS

Você já parou para pensar que não existe campanha anti-drogas? Se a imprensa e o governo tivessem usado todo o dinheiro e energia gastos em campanhas inócuas de desarmamento, de entrega voluntária de armas, de manifestações “pela paz”, em uma campanha anti-drogas, tenho certeza que o proveito teria sido bem maior, que muitas vidas teriam sido salvas, que famílias não teriam sido destruídas. Parece que esse tipo de campanha não interessa e não interessa mesmo.

Veja a questão da já citada Associação Parceria Contra as Drogas, entrem no site e constatem o que já constatamos... Não há o apoio do Governo Federal, da Fundação Ford, da Coca-Cola, do Ministério do Esporte, da prefeitura ou de governos estrangeiros... Ao contrário, todas as citadas acima e muitas outras apoiam com orgulho uma ONG que quer um mundo de viciados. Que venham os narcodólares!

CONCLUSÃO

Liberar ou descriminalizar as drogas será realmente oficializar o verdadeiro império global do narcotráfico, anistiando assim os milhares de homicídios, sequestros, assaltos e tantos outros crimes cometidos para sua perpetuação.

Será elevar exponencialmente o número de drogados, criando hordas de zumbis químicos que cometerão mais crimes para assim sustentar o seu vício, agora legalizado.

Esse deve ser um dos motivos para desarmar o cidadão honesto, já imaginaram como isso atrapalharia o faturamento?

Quando eu tinha 8 anos pedi uma espingarda de chumbinho para meu pai, ganhei. Com 10 anos minha filha também ganhou uma e hoje já é campeã de tiro, quem sabe estará nas olimpíadas do Rio de Janeiro?

Se fosse por todo esse pessoal acima, muito melhor seria que ambos tivéssemos pedido um cigarro de maconha, um papelote de cocaína ou uma pedra de crack, aí quem sabe estaríamos também nas olimpíadas assaltando os turistas...

PARA SABER MAIS

MVB RECOMENDA: ESTUDOS DO PROF. RONALDO LARANJEIRA

Artigo: Pensando com a cabeça de George Soros

Artigo: O direito de não usar drogas

Artigo: George Soros - O bilionário que sustenta a esquerda

Notícia: Fernando Henrique - Pai do desarmamento no Brasil

Notícia: Fernando Henrique - Mãe da liberação de Drogas

Site: Associação Parceria Contra as Drogas

Livro: 1984

atentado de guararapes

O terrorismo indiscriminado, atingindo pessoas inocentes e, at�, mulheres e crian�as, mostrou a frieza e o fanatismo de seus executores. Naquela �poca, no Recife, apenas uma organiza��o subversiva, o Partido Comunista Revolucion�rio (PCR), defendia a luta armada como forma de tomada do poder. Dois comunistas foram acusados de envolvimento no ato terrorista: um, Edinaldo Miranda de Oliveira, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucion�rio (PCBR) e que, em 1986, era professor de Engenharia El�trica em Recife, e o outro era Ricardo Zaratini Filho, ent�o militante do PCR e atual assessor parlamentar da lideran�a do PDT na C�mara Federal.

Entretanto, nunca foi poss�vel determinar, exatamente, os autores dos atentados. N�o havia, ainda, no Pa�s, �rg�os de seguran�a especializados no combate ao terror.

Em 18 Mai 99, em entrevista ao jornal "O Estado de S�o Paulo, o Comandante do Ex�rcito, Gen Ex Gleuber Vieira, declarou a respeito da reabertura do caso Riocentro: "N�s nunca pensamos em pedir reabertura de inqu�rito envolvendo personalidades da vida nacional de hoje que, no passado, estiveram envolvidos em assalto a bancos, seq�estros, assassinatos e em atos de terrorismo. N�s n�o cogitamos pedir a reabertura do inqu�rito nem mesmo quando uma dessas personalidades declarou que sabia quem tinha posto uma bomba no aeroporto do Recife."

Um ano depois do atentado, em 25 Jul 67, foi inaugurada no Aeroporto uma placa de bronze com os seguintes dizeres:
"HOMENAGEM DA CIDADE DO RECIFE AOS QUE TOMBARAM NESTE AEROPORTO DOS GUARARAPES, NO DIA 25 DE JULHO DE 1966, VITIMADOS PELA INSENSATEZ DOS SEUS SEMELHANTES.
- ALMIRANTE NELSON FERNANDES
- JORNALISTA EDSON REGIS
GLORIFICADOS PELO SACRIF�CIO, SEUS NOMES SER�O SEMPRE LEMBRADOS RECORDANDO AOS P�STEROS O VIOLENTO E TR�GICO ATENTADO TERRORISTA, PRATICADO � SORRELFA PELOS INIMIGOS DA P�TRIA."

N�o sabemos se essa placa ainda permanece no aeroporto ou foi retirada ou, mesmo, substitu�da por homenagens aos comunistas.

Hoje, os terroristas daquela �poca, arvorando-se em "her�is" libert�rios, afirmam que o que fizeram foi uma rea��o � "viol�ncia" do Governo brasileiro. Intencionalmente, procuram deturpar a Hist�ria e levar ao esquecimento as v�timas que causaram em sua sanha fratricida, dentre elas, as de 1966.

Passaram-se muitos anos.

Mas as bombas de Recife e o atentado de Guararapes n�o ser�o esquecidos.

A DOCE AÇÕES DOS COMUNISTAS

Recordando a Historia

Portal
O ASSASSINATO DE ELZA FERNANDES



Desde menina, Elvira Cupelo Col�nio acostumara-se a ver, em sua casa, os numerosos amigos de seu irm�o, Luiz Cupelo Col�nio. Nas reuni�es de comunistas, fascinava-se com os discursos e com a linguagem complexa daqueles que se diziam ser a salva��o do Brasil. Em especial, admirava aquele que parecia ser o chefe e que, de vez em quando, lan�ava-lhe olhares gulosos, devorando o seu corpo adolescente. Era o pr�prio Secret�rio-Geral do Partido Comunista do Brasil (PCB), Antonio Maciel Bonfim, o "Miranda".

Em 1934, ent�o com 16 anos, Elvira Cupelo tornou-se a amante de "Miranda" e passou a ser conhecida, no Partido, como "Elza Fernandes" ou, simplesmente, como a "garota". Para Luiz Cupelo, ter sua irm� como amante do secret�rio-geral era uma honra. Quando ela saiu de casa e foi morar com o amante, Cupelo viu que a chance de subir no Partido havia aumentado.

Entretanto, o fracasso da Intentona, com as pris�es e os documentos apreendidos, fez com que os comunistas ficassem acuados e isolados em seus pr�prios aparelhos.

Nos primeiros dias de janeiro de 1936, "Miranda" e "Elza" foram presos em sua resid�ncia, na Avenida Paulo de Frontin, 606, Apto 11, no Rio de Janeiro. Mantidos separados e incomunic�veis, a pol�cia logo concluiu que a "garota" pouco ou nada poderia acrescentar aos depoimentos de "Miranda" e ao volumoso arquivo apreendido no apartamento do casal. Acrescendo os fatos de ser menor de idade e n�o poder ser processada, "Elza" foi liberada. Ao sair, conversou com seu amante que lhe disse para ficar na casa de seu amigo, Francisco Furtado Meireles, em Pedra de Guaratiba, apraz�vel e isolada praia da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Recebeu, tamb�m, da pol�cia, autoriza��o para visit�-lo, o que fez por duas vezes.

Em 15 de janeiro, Hon�rio de Freitas Guimar�es, um dos dirigentes do PCB, ao telefonar para "Miranda" surpreendeu-se ao ouvir, do outro lado do aparelho, uma voz estranha. S� nesse momento, o Partido tomava ci�ncia de que "Miranda" havia sido preso. Alguns dias depois, a pris�o de outros dirigentes aumentou o p�nico. Segundo o PCB, havia um traidor. E o maior suspeito era "Miranda".

As investiga��es do "Tribunal Vermelho" come�aram. Hon�rio descobriu que "Elza" estava hospedada na casa do Meireles, em Pedra de Guaratiba. Soube, tamb�m, que ela estava de posse de um bilhete, assinado por "Miranda", no qual ele pedia aos amigos que auxiliassem a "garota". Na vis�o estreita do PCB, o bilhete era forjado pela pol�cia, com quem "Elza" estaria colaborando. As suspeitas transferiram-se de "Miranda" para a "garota".

Reuniu-se o "Tribunal Vermelho", composto por Hon�rio de Freitas Guimar�es, Lauro Reginaldo da Rocha, Adelino Deycola dos Santos e Jos� Lage Morales. Luiz Carlos Prestes, escondido em sua casa da Rua Hon�rio, no M�ier, j� havia decidido pela elimina��o sum�ria da acusada. O "Tribunal" seguiu o parecer do chefe e a "garota" foi condenada � morte. Entretanto, n�o houve a desejada unanimidade: Morales, com d�vidas, op�s-se � condena��o, fazendo com que os demais dirigentes vacilassem em fazer cumprir a senten�a. Hon�rio, em 18 de fevereiro, escreveu a Prestes, relatando que o delator poderia ser, na verdade, o "Miranda".

A rea��o do "Cavaleiro da Esperan�a" foi imediata. No dia seguinte, escreveu uma carta aos membros do "Tribunal", tachando-os de medrosos e exigindo o cumprimento da senten�a. Os trechos dessa carta de Prestes, a seguir transcritos, constituem-se num exemplo candente da frieza e da c�nica determina��o com que os comunistas jogam com a vida humana:
"Fui dolorosamente surpreendido pela falta de resolu��o e vacila��o de voc�s. Assim n�o se pode dirigir o Partido do Proletariado, da classe revolucion�ria." ... "Por que modificar a decis�o a respeito da "garota"? Que tem a ver uma coisa com a outra? H� ou n�o h� trai��o por parte dela? � ou n�o � ela perigos�ssima ao Partido...?" ... "Com plena consci�ncia de minha responsabilidade, desde os primeiros instantes tenho dado a voc�s minha opini�o quanto ao que fazer com ela. Em minha carta de 16, sou categ�rico e nada mais tenho a acrescentar..." ... "Uma tal linguagem n�o � digna dos chefes do nosso Partido, porque � a linguagem dos medrosos, incapazes de uma decis�o, temerosos ante a responsabilidade. Ou bem que voc�s concordam com as medidas extremas e neste caso j� as deviam ter resolutamente posto em pr�tica, ou ent�o discordam mas n�o defendem como devem tal opini�o."

Ante tal intima��o e reprimenda, acabaram-se as d�vidas. Lauro Reginaldo da Rocha, um dos "tribunos vermelhos", respondeu a Prestes:

"Agora, n�o tenha cuidado que a coisa ser� feita direitinho, pois a quest�o do sentimentalismo n�o existe por aqui. Acima de tudo colocamos os interesses do P."

Decidida a execu��o, "Elza" foi levada, por Eduardo Ribeiro Xavier ("Ab�bora"), para uma casa da Rua Mau� Bastos, N� 48-A, na Estrada do Camboat�, onde j� se encontravam Hon�rio de Freitas Guimar�es ("Milion�rio"), Adelino Deycola dos Santos ("Tampinha"), Francisco Natividade Lira ("Cabe��o") e Manoel Severino Cavalcanti ("Gaguinho").

Elza, que gostava dos servi�os caseiros, foi fazer caf�. Ao retornar, Hon�rio pediu-lhe que sentasse ao seu lado. Era o sinal convencionado. Os outros quatro comunistas adentraram � sala e Lira passou-lhe uma corda de 50 cent�metros pelo pesco�o, iniciando o estrangulamento. Os demais seguravam a "garota", que se debatia desesperadamente, tentando salvar-se. Poucos minutos depois, o corpo de "Elza", com os p�s juntos � cabe�a, quebrado para que ele pudesse ser enfiado num saco, foi enterrado nos fundos da casa. Eduardo Ribeiro Xavier, enojado com o que acabara de presenciar, retorcia-se com crise de v�mitos.

Perpetrara-se o hediondo crime, em nome do Partido Comunista.

Poucos dias depois, em 5 de mar�o, Prestes foi preso em seu esconderijo no M�ier. Ironicamente, iria passar por ang�stias semelhantes, quando sua mulher, Olga Ben�rio, foi deportada para a Alemanha nazista.

Alguns anos mais tarde, em 1940, o irm�o de "Elza", Luiz Cupelo Col�nio, o mesmo que auxiliara "Miranda" na tentativa de assassinato do "Dino Padeiro", participou da exuma��o do cad�ver. O bilhete que escreveu a "Miranda", o amante de sua irm�, retrata algu�m que, na pr�pria dor, percebeu a virul�ncia comunista:

TCU alertou governo sobre risco de novo apagão elétrico em julho

12.11.09

Em julho deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU), alertou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre o risco de um novo apagão elétrico como o ocorrido em 2001, impedindo o desenvolvimento econômico e social Em um relatório aprovado pelo TCU em 15 de julho, o tribunal aprovou a recomendação encaminhada à Casa Civil para que o governo “reforce” a estrutura do Ministério de Minas e Energia, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O documento do TCU estimou em R$ 42,5 bilhões o custo do apagão enfrentado pelo país em 2001, “quantia suficiente para a construção de seis usinas como a de Jirau”. No relatório, o TCU justifica a necessidade de fortalecer a Aneel em função de a agência regular e fiscalizar um mercado que movimenta R$ 90 bilhões somente com a compra e venda de energia elétrica. “Fica patente que decisões equivocadas dessa entidade podem gerar prejuízo à Nação muito superior à economia que se faz com o corte de despesas da agência”, afirma o documento.

O TCU, em seu relatório, defende a necessidade a Aneel ter pessoal bem remunerado, qualificado e em quantidade suficiente para o cumprimento de suas atribuições, bem como uma estrutura física e equipamentos adequados. No ano passado, lembra o documento, o orçamento da Aneel foi de R$ 365 milhões mas, com o contingenciamento, a agência operou com apenas R$ 150 milhões.

O relatório informa que o TCU escolheu a segurança energética como tema de maior significância em 2008. Informa também que está concluindo auditoria sobre o planejamento do setor elétrico, sua operacionalização e implantação, incluindo as lições e progressos do pós-crise de 2001 e as perspectivas e oportunidades de aprimoramento no horizonte do Plano Decenal de Expansão de Energia 2007-2016. O líder do PPS, deputado Fernando Coruja (SC), que divulgou o documento, cobrou hoje da ministra Dilma Rousseff informações sobre as providências tomadas pelo governo, após o alerta dado pelo Tribunal de Contas da União. Estadão

Assentados do MST vendem lotes

domingo, 30 de agosto de 2009


O Sr.Anselmo Cordeiro juntou uma série de documentos que demonstram a venda de terras por asentados do Incra Essa venda é proibida e demonstra o descalabro da administração desse órgão, o maior latifundiário do País e o maior inimigo da propriedade privada no Brasil. Conforme pode ser lido num dos tópicos abaixo, os lotes só podem ser vendidos depois de 10 anos de posse.
Após esse tempo, a terra obtida de mão beijada, cuja dimensão é de 34 hectares (1 hectare=100 m x 100 m, ou, aproximadamente, o equivalente a 34 campos de futebol) pode ser vendida livremente.

O problema está em que metade desses beneficiados, que nunca pegaram numa enxada, não estão dispostos a esperar essa eternidade de 10 anos para ganhar uns trocados. Do outro problema, nem precisamos falar, porque todos já sabem: nada mudará no campo, e tudo voltará a ser como antes, senão pior, se considerarmos as terras produtivas que estão sendo invadidas e as que serão tomadas, porque os proprietários não conseguirão cumprir a impossível meta de produtividade que querem estabelecer.

Sobre os índices de produtividade meu leitor pode encontrar a descrição do problema em
http://www.paznocampo.org.br/invasoes/invasoes.asp


Incra denuncia venda de lotes em assentamentos
http://www.pecuaria.com.br/info.php?ver=3226

Assentados do MST são suspeitos de vender terras
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/05/04/assentados-do-mst-sao-suspeitos-de-vender-terras-755678356.asp

Venda de lotes para financiar o MST (vídeo)
http://www.mp.rs.gov.br/imprensa/clipping/id83591.htm


Lotes são vendidos entre R$ 5 mil e R$ 15 mil
http://www.aqui-ma.com.br/noticias.php?id=14163

A Reforma Agrária e a Venda de Lotes
http://www.azulmarinhocompequi.com/2009/03/reforma-agraria-e-venda-de-lotes.html


publicado por D. Bertrand | 14:01 | Comentar | Ver Comentários



:: sábado, 29 de agosto de 2009

Ações criminosas do MST são pagas pelo Governo


No início de agosto, 3 000 militantes invadiram a sede do Ministério da Fazenda. A ação em Brasília foi comandada pela nova coordenadora nacional do MST, Marina dos Santos, vinculada a setores mais radicais do movimento. No protesto, o MST exigiu o assentamento imediato de famílias que estão acampadas. Este é o pretexto.

Ministro Guilerme Cassel, do MDA, que aparelha o INCRA. Marina dos Ssntos
nova coordenadora geral do MST, e o MST em marcha para novas reivindicações

Nos bastidores, entretanto negociam a retomada dos repasses para as ONGs a recuperação do comando das unidades do Incra, e a indicação dos novos índices de Produtividade. Em conversas reservadas, ameaçam até criar problemas para a candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff. O governo Lula agora experimenta o gosto da chantagem de uma organização bandida que cresceu sob seus auspícios

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra são evasivos quando perguntados de onde vêm os recursos que sustentam as invasões de fazendas e manifestações que o MST promove em todo o Brasil. Em geral, respondem que o dinheiro é proveniente de doações de simpatizantes, da colaboração voluntária dos camponeses e da ajuda de organismos humanitários. Pura mentira.

O cofre da organização começa a ser aberto e, dentro dele, encontram-se as primeiras provas concretas daquilo que sempre se desconfiou e que sempre foi negado: o MST é movido por dinheiro, muito dinheiro, captado basicamente nos cofres públicos e junto a entidades internacionais. Em outras palavras, ao ocupar um ministério, invadir uma fazenda, patrocinar um confronto com a polícia, o MST faz isso com dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros e com o auxílio de estrangeiros que não deveriam imiscuir-se em assuntos do país.

Fonte: Veja

O Festim

JOSÉ CARLOS AZEVEDO

Ph.D. em física pelo MIT.Foi reitor da UnB



Entre 6 e 19 de dezembro,realizar-se-á em Copenhague a 153 Conferência so­bre Mudanças Climáticas,promovida. pela ONU e coordenada pelo órgão a

ela subordinado, o PainelInter Governa­mental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla e inglês). Deacordo com o portal da conferência na internet, comparecerão de­legações de 170países, muitas ONGs e cerca de 8 mil pessoas.

O objetivo da conferênciaé definir um novo protocolo para substituir o de Kyoto, que foi assinado em2007 e terminará em 2012. Ele estabeleceu metas para reduzir as emissões degases que seriam poluentes, condição em que incluíram o C02, dióxido decarbono, que não é poluente e é matéria prima de todas as formas de vidaexistentes, no mundo vegetal e no animal. O protocolo, além dos alegresencontros nos locais mais aprazíveis do planeta, pagos com dinheiro público,não deu em nada. Porisso, há ne­cessidade de renová-lo.

O dinheiro gasto atéagora para provar que o C02 é o responsável por alterações no clima e promoveresses festins é assus­tador e foi estimado em mais de US$ 50 bi­lhões. O IPCCdiz que serão necessários re­. cursos maiores, da ordem de US$ 200 bilhões,para continuar em seu esforço her­cúleo para salvar a humanidade e manter onível de C02, a fim de limitar o aumento de temperatura a 2° C.

Se os países filiados aoIPCC forem aco­metidos de bom senso, o que é improvável, não derem maisdinheiro e a temperatura aumentar os 2° C ou mais, o que acontecerá? Uma coisaé certa: as plantas crescerão mais e haverá mais alimentos vegetais e animais,para saciar a fome dos pobres e desvalidos que há na Terra.



Qual é o documentocientífico que prova ser o C02 gerado pelo homem o vilão do cli­ma? Que provahá que a temperatura da Ter­ra aumenta devido ao acréscimo da concen­tração deC02 gerado pelo homem na at­mosfera? A temperatura medida por satéli­tesmeteoro lógicos está diminuindo há três anos e manteve-se no mesmo nível nosdez anos anteriores.

Nada comprova esse papelatribuído ao C02 e isso explica a cautela tardia do IPCC ao afirmar em seuúltimo relatório OPCC 2007- I, pág.1 O) que 'a maior parte do acréscimo datemperatura média global observada desde meados do século 20 é muitoprovavelmente (very likely) devida ao aumento observado da concentração degases do efeito estufa:

Afinal, é ou não o C02 oresponsável? Gasta­ram US 50 bilhões e ainda não sabem?

Qual a explicação para odegelo no Ártico, as enchentes e furacões que ocorrem e di­zem ser decorrentesdo 'aquecimento an­tropogênico' alardeado no filme hollywoo­diano doAI Gore? Há uma decisão da Corte Suprema da Inglaterra e Gales, número 2007/EWHC 2288 Adm. CO/3615/2007- Caso Stuart Dimmock versus Ministério da Educação- que proibiu a exibição do filme nas escolas, até corrigirem 11 erros gravesnele existentes. Na realidade, há 35 erros. O C02 gerado por combustíveisfósseis não é o responsável por esses fenômenos, que de­correm de efeitos naescala astronômica e não podem ser controlados pelo homem. Esse gás existe naatmosfera na proporção de 0,28% e até pode contribuir para o aque­cimento, masem escala irrelevante.

Em junho deste ano foipublicada nos EUA a coletânea de estudos que contestam cabalmente, do ponto devista científico, to­dos os argumentos do IPCC e de seus adep­tos: 'ClimateChange Reconsidered the Re­port of the Nongovernrnental Panel on Cli­mateChange'. Tem 897 páginas e muitas centenas de referências a estudoscientífi­cos que fundamentam o que diz. Ao final, transcreve os nomes de 31.478cientistas norte-americanos que discordam do IPCC, reunidos em petiçãopromovida por E Seitz, físico famoso e ex-presidente da National Academy ofSciences e da American Physics Society dos EUA

O Festim de Balthasar éuma conhecida passagem do livro de Daniel e descreve o banquete promovido porBalthasar, rei dos Caldeus e filho de Nabucodonosor. Regado a vinho e pago comdinheiro público, reuniu mil dignitários, cantoras e concubinas. No meio dofestim, surgiram nas paredes sinais estranhos escritos por mão invisível queninguém soube decifrar. Trêmulo, o rei cha­mou os sábios e astrólogos, entreeles o pro­feta Daniel, que interpretou os sinais. Bal­thasar foi assassinado esubstituído por Da­niel. O festim em Copenhague terá muito mais dignitários,não será tétrico e será bem mais alegre e inconsequente.


Correio Braziliense, 1ºde outubro de 2009.

‘A reforma agrária virou favela rural’

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

‘A reforma agrária virou favela rural’

Em entrevista concedida à Associação dos Jornais Diários do Interior do Paraná (ADI-PR), entidade que reúne 19 empresas jornalísticas, que totalizam mais de 200 mil exemplares de circulação por dia, o Deputado Abelardo Lupion aborda temas polêmicos como a reforma agrária e os índices de produtividade.

ADI - Que avaliação o senhor faz da reforma agrária e dos movimentos sociais?
Abelardo Lupion - Eu acho que a reforma agrária é um blefe. Hoje, o contribuinte paga por uma reforma agrária, que não conseguiu fazer emancipação alguma. Ninguém anda com as próprias pernas. A reforma agrária é uma grande favela rural. Há um investimento absurdo. O governo tem nas mãos do governo 134 milhões de hectares e não consegue fazer com que os assentados sejam autosuficientes. A região de Cascavel é exemplo. A Fazenda Mitacoré (em São Miguel do Iguaçu) era modelo e virou uma favela rural. No Brasil, o MST e a Via Campesina são movimentos terroristas que fazem a desestruturação do campo. Nós precisamos jogar muito pesado contra esse povo porque não se pode fazer um ralo do dinheiro público, que poderia fazer com que o pequeno produtor se vi O Congresso votou o Banco da Terra, que só levou vocacionados para a Agricultura e não era politizada essa escolha. O modelo que se propõe o MST e a Via Campesina é de financiar movimentos terroristas que querem desestabilizar o governo e a produção no Brasil. Esses movimentos têm nos governos Lula e Requião grandes aliados.

ADI - Qual é a posição do senhor em relação à mudança nos índices de produtividade?
Abelardo Lupion - O País vive a pior fase da história em termos de preços. Com exceção da soja, todos os produtos estão sendo vendidos abaixo do custo de produção. Isso nada mais é do que o governo impor ao produtor rural plantar e perder dinheiro, quando ele mesmo não faz política agrícola. Nós temos dentro das propriedades rurais a definição do problema ambiental, que gera intranquilidade para o setor. Nós temos hoje um produtor rural falido. Há cerca de quarenta anos houve uma lei, quando meu avó era governador do Estado, obrigando os agricultores a retirarem a madeira da beira de rio por causa do tifo e da malária. Não é o momento de se discutir mudança nos índices de produtividade. Trata-se de um crime lesa-pátria impor ao produtor rural uma condição de bancar a recomposição. Você vai doar 20% da propriedade, no Paraná, e 80% no Norte do Brasil, sem ter um tostão de recomposição. Nós precisamos entender que não é o momento de estabelecer novos índices de produtividade, mas sim de apoiar o produtor rural para não sair da atividade.

publicado por D. Bertrand | 11:17 | Comentar | Ver Comentários

Tolices Marxistas

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Tolices Marxistas




Tolices Marxistas





O escritor gaúcho Percival Puggina trata da Campanha da Fraternidade da CNBB para 2010. O tema da campanha será “Economia e vida” e visa orientar os jovens para estudo e debates.

Na pág. 27, o folheto da campanha há um texto com o título “Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, em defesa da reforma agrária e da soberania territorial e alimentar”.

Ali é defendida a tese de que todas as propriedades rurais com extensão superior a 35 módulos fiscais devem ser automaticamente incorporadas ao patrimônio público, sem indenização e destinadas à Reforma Agrária.

O módulo fiscal é variável, mas se calculado pela média de 20 hectares, a maior propriedade admitida no Brasil seria de 700 hectares. Os bispos abraçaram essa idiotice com braços e pernas.

Novidade nenhuma nesse comportamento. Há décadas as coisas, por lá, andam assim. Mais uma vez, os bispos estendem o dedo indicador para as causas de tais males: o lucro e o mercado.

Pronto! Tudo resolvido. Como é que ninguém pensou nisso antes? É como se estivessem dizendo aos investidores e empresários: “Cambada de gananciosos! Querem acabar com a pobreza e safar-se do Inferno?

Adotem o modelo da repartição de bens, acabem com o lucro e vereis o maná cair dos céus sobre as carências humanas! A mesma genialidade que, anos atrás, não queria que o Brasil pagasse suas dívidas.

É a mesma matriz ideológica da Campanha da Fraternidade do ano passado que resumia o tema da violência à luta de classes: pelos respectivos crimes, o rico era individualmente culpado e o pobre socialmente absolvido.

Perdoem-me os mais benevolentes que eu. Mas a CNBB já foi bem além da minha capacidade de tolerância. Que sistema e quais organizações econômicas são essas que propõem na futura Campanha da Fraternidade?

Eles continuam confundindo a Boa Nova com as fracassadas promessas da economia planificada, centralizada, comunista, que em longas e tristes experiências só gerou opressão e miséria.

Depois de 20 anos, parece que o Muro de Berlim ainda não caiu para certos setores da CNBB.

publicado por D. Bertrand | 22:17 | Comentar | Ver Comentários

Falsos Quilombolas ameaçam a propriedade

domingo, 15 de novembro de 2009

Falsos Quilombolas ameaçam a propriedade



Falsos Quilombolas ameaçam a propriedade e a produção em Dourados – MS



Dourados: agricultores protestam contra quilombola

Pelo menos 20 agricultores realizam manifestação na manhã deste sábado na Praça Antonio João, em Dourados, para protestar contra a possível demarcação de 3.746 hectares do distrito de Picadinha como área quilombola. Os produtores rurais questionam a desapropriação e acusam o governo federal de “injustiça” com os moradores do distrito, que possuem terras no local há meio século.

Usando a camiseta da campanha em defesa das terras, os manifestantes estão distribuindo adesivos e panfletos e coletando assinaturas em um abaixo-assinado que será encaminhado à Superintendência Regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Em julho deste ano, técnicos do Incra elaboraram um relatório de identificação e delimitação da área, reivindicada por 15 famílias de descendentes de escravos. Moradores do distrito tentaram impedir o levantamento e chegaram a expulsar os técnicos que só voltaram ao local sob escolta da Polícia Federal. O relatório foi concluído e enviado a Brasília. As terras reivindicadas pelos remanescentes de quilombos pertencem a 56 produtores rurais.

As 15 famílias descendentes de escravos que atualmente ocupam em uma área de 40 hectares argumentam que as terras pertenceriam à fazenda Cabeceira de São Domingos, de propriedade do ex-escravo Desidério Felipe de Oliveira.

Os agricultores contestam a existência de área quilombola e afirmam que Desidério Felipe de Oliveira, estabelecido em Picadinha em 1923 vindo de Minas Gerais, nunca foi escravo. Também de acordo com os produtores do local, Desidério comprou terras em Picadinha e depois vendeu a maior parte.

A área de Picadinha não foi incluída nos 30 decretos de regularização de terras quilombolas que serão assinados no dia 20 (Dia da Consciência Negra) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as 30 áreas que serão regularizadas, quatro ficam em Mato Grosso do Sul - Furnas da Boa Sorte, Furnas do Dionísio, Colônia de São Miguel e Chácara Buriti.

Helio de Freitas, de Dourados, MS. - Sábado, 14 de Novembro de 2009

http://www.campogrande.news.com.br/canais/view/?canal=8&id=273076

A bondosa Princesa Isabel

substituída por Zumbi, um escravocrata

As ONGs procuram mitificar a história do Quilombo dos Palmares, apresentando-o como um refúgio de liberdade do negro perseguido. A realidade histórica, entretanto, difere bastante dessa criação mítica. Na verdade, o referido quilombo mantinha a escravidão eespalhava terror, mesmo entre muitos negros.

Libertadora dos escravos, a Princesa Isabel era uma alma cristã e bondosa que aceitou sacrificar o trono em troca da libertação dos escravos. Após ter ela assinado a Lei Áurea, o Barão de Cotegipe vaticinou: “Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono”. Um ano e meio depois, o golpe militar de Deodoro derrubava a Monarquia. Aoseguir com sua família para o exílio, lembrando-se da profecia de Cotegipe, a Princesa declarou: “Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil”.
Segundo os atuais movimentos quilombolas, essa harmonia, a miscigenação e a bondade de trato do brasileiro devem acabar. Seria o conflito de raças acrescentado à luta de classes marxista. Para isso, cumpre alterar a História: a bondosa Princesa Isabel, que acabou com a escravidão pelas vias legais e com o sacrifício do próprio trono, deve ser substituída por Zumbi, o líder guerreiro negro, tirano e escravocrata.

Fonte: A Revolução Quilombola – Guerra racial, confisco agrário e urbano, coletivismo – Nelson Ramos Barretto, Ed. Artpress, SP, 2007.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Piada do dia!

17.11.09

Presidente do Incra diz que CPI para investigar repasse ao MST não é necessária
O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, disse hoje (17) que os convênios entre o órgão e entidades sociais ligadas à terra são transparentes e não há necessidade de uma CPI para investigar repasse de recursos a ONGs supostamente ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criada no mês passado no Congresso.

Segundo o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), a CPI do MST, além de investigar o destino dos recursos, ajudará o país a discutir o que deu certo e errado em termos de ocupação do solo. Ele criticou a reforma agrária feita pelo governo. “Dessas 875 mil famílias que hoje estão assentadas no campo, a absoluta maioria está mais pobre do que antes de ir para o campo”.

Piada do dia!

Piada do dia!

Anotações para uma reedição da história universal da infâmia

por Augusto Nunes

Em novembro de 1984, por não enxergar diferenças entre Paulo Maluf e Tancredo Neves, o Partido dos Trabalhadores optou pela abstenção no Colégio Eleitoral que escolheria o primeiro presidente civil depois do ciclo dos generais. Em janeiro de 1985, por entenderem que não se tratava de um confronto entre iguais, três parlamentares do PT ─ Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes ─ votaram em Tancredo. Foram expulsos pela direção.

Em 1988, num discurso em Aracaju, o deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva qualificou o presidente José Sarney de “o grande ladrão da Nova República”. No mesmo ano, a bancada do PT na Constituinte rejeitou o texto da nova Constituição.

Em 1989, derrotados no primeiro turno da eleição presidencial, Ulysses Guimarães, candidato do PMDB, e Mário Covas, do PSDB, declararam que ficariam ao lado de Lula na batalha final contra Fernando Collor. Imediatamente recusado, o apoio acabou aceito por insistência dos parceiros repudiados. Num comício em frente do estádio do Pacaembu, Ulysses e Covas apareceram no palanque ao lado do candidato do PT. Foram vaiados pela plateia companheira.

Em 1993, a ex-prefeita Luiza Erundina, uma das fundadoras do partido, aceitou o convite do presidente Itamar Franco para assumir o comando de um ministério. Foi expulsa. Em 1994, ainda no governo de Itamar Franco, os parlamentares do PT lutaram com ferocidade para impedir a aprovação do Plano Real. No mesmo ano, transformaram a revogação da providencial mudança de rota na economia numa das bandeiras da campanha presidencial.

Entre o começo de janeiro de 1995 e o fim de dezembro de 2002, a bancada do PT votou contra todos os projetos, medidas e ideias encaminhados ao Legislativo pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Todos, sem exceção. Uma das propostas mais intensamente combatidas foi a que instituiu a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em janeiro de 1999, mal iniciado o segundo mandato de Fernando Henrique, o deputado Tarso Genro, em nome do PT, propôs a deposição do presidente reeleito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. O lançamento da campanha com o mote “Fora FHC!” foi justificado por acusações, desacompanhadas de provas, que Tarso enfeixou num artigo publicado pela Folha de S. Paulo. Trecho: Hoje, acrescento que o presidente está pessoalmente responsabilizado por amparar um grupo fora da lei, que controla as finanças do Estado e subordina o trabalho e o capital do país ao enriquecimento ilegítimo de uns poucos. Alguns bancos lucraram em janeiro (evidentemente, por ter informações privilegiadas) US$ 1,3 bilhão, valor que não lucraram em todo o ano passado!

O que diriam Tarso, Lula e o resto da companheirada se tal acusação, perfeitamente aplicável ao atual chefe de governo, fosse subscrita por alguém do PSDB, do DEM ou do PPS? Coisa de traidor da pátria, inimigo da nação, gente que aposta no quanto pior, melhor, estariam berrando todos. “Tem gente que torce pra que tudo dê errado”, retomaria Lula a ladainha entoada há quase sete anos.

Faz sentido. Desde a ressurreição da democracia brasileira, a ação do PT oposicionista foi permanentemente orientada por sentimentos menores, miúdos, mesquinhos. É compreensível que os Altos Companheiros acreditem que todos os políticos são movidos pelo mesmo combustível de baixíssima qualidade.

Desfigurado pela metamorfose nauseante, o chefe de governo não teria sossego se o intratável chefe da oposição ainda existisse. O condutor do rebanho não tem semelhanças com o Lula do século passado, mas continua ouvindo o som dos balidos aprovadores. O caçador de gatunos hoje é padroeiro da quadrilha federal. O parlamentar que recusou a conciliação proposta por Tancredo é o presidente que se reconcilia com qualquer abjeção desfrutável. O moralizador da República presidiu e abafou o escândalo incomparável do mensalão.

Mas não admite sequer criticas formuladas sem aspereza pelo antecessor que atacava com virulência. É inveja, Lula deu de gritar agora. O espelho reflete o contrário. Nenhum homem culto prefere ser ignorante, nenhum homem educado sonha com a grosseria, gente honrada não quer conversa com delinquentes.

Lula não esquece que foi derrotado por FHC duas vezes, ambas no primeiro turno. E sabe que o vencedor nunca inveja o vencido.

MENSALÃO

No que depender do presidente Lula, a história do mensalão – o esquema de corrupção montado no governo dele para subornar parlamentares com dinheiro desviado dos cofres públicos – será integralmente reescrita. Na nova versão, o PT, o governo, os deputados e o próprio presidente da República teriam sido vítimas de uma terrível conspiração planejada e executada pela oposição. Marcos Valério, aquele publicitário mágico que fazia aparecer dinheiro no caixa do partido, seria um sabotador a serviço dos inimigos. O escândalo do mensalão foi o momento mais dramático enfrentado por Lula em sete anos de governo. Seus principais assessores caíram por corrupção e respondem a processo por formação de quadrilha. Acuado, o presidente chegou a ser aconselhado por aliados a desistir da reeleição em troca da preservação de seu primeiro mandato. Lula conseguiu contornar a crise, reeleger-se e tornar-se o presidente mais popular da história. Agora, quer aproveitar a onda para limpar também a mancha na biografia. Em entrevista a um programa político da RedeTV!, o presidente disse que o mensalão foi uma tentativa de golpe: "Foi a maior armação já feita contra o governo".

Reescrever a história é uma tentação muito comum de governos autoritários. Em democracias, a tarefa é um pouco mais complicada. Não basta repetir uma versão amalucada qualquer para transformá-la em verdade. Perguntado sobre os detalhes da teoria da conspiração, o presidente diz que vai se inteirar do assunto apenas depois de deixar o Planalto. Vai ser uma investigação histórica interessante. Que conspiração levaria um banco a abrir uma agência em Brasília apenas para atender parlamentares de diversos partidos? Que conspiração obrigaria parlamentares a formar filas no caixa desse banco para receber dinheiro vivo, sem origem conhecida? Que conspiração faria com que o PT aceitasse espontaneamente que a campanha de Lula fosse paga pelo "espião Valério" com recursos depositados em contas clandestinas no exterior? Se o presidente Lula não sabia de nada sobre o mensalão, como sempre garantiu, ele foi realmente vítima de um golpe, mas um golpe conduzido pelos seus próprios companheiros de partido e aliados políticos.

O deputado José Genoíno era o presidente do PT e assinou os contratos que serviram de fachada para justificar o dinheiro do mensalão. O deputado João Paulo Cunha era presidente da Câmara e foi o responsável por introduzir Marcos Valério nas hostes petistas. Os dois estão entre os quarenta réus do processo que corre no Supremo Tribunal Federal, acusados de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Mas, no mundo de Lula, são vítimas de uma conspiração dos tucanos. Assim, tocam sua vida e hoje são deputados influentes da base governista e na campanha de Dilma Rousseff. Perderam o status, mas não o poder. Agindo nos bastidores, João Paulo e Genoíno continuam no centro das principais articulações que envolvem o governo e a sucessão presidencial.

A dupla também tem planos de resgate da própria biografia. Genoíno, que disse ter assinado sem ler o contrato do mensalão, trabalha para ser o líder da bancada do PT em 2010. João Paulo, que mandava a própria esposa entrar na fila da agência do banco do mensalão e ainda disse que ela ia lá para pagar a conta da TV por assinatura, quer voltar à presidência da Casa em 2011. Ambos já foram tratados como injustiçados pelo presidente. Em sua tentativa de escrever a história ao seu modo, Lula desmente até a pessoa em quem mais confia – Gilberto Carvalho, seu chefe de gabinete. Em entrevista a VEJA, em 2008, Gilberto revelou como Lula foi aconselhado a abrir mão da reeleição em troca da manutenção de seu mandato. Lula disse que jamais recebeu tal proposta.

sábado, 14 de novembro de 2009

Para quem é pai/mãe e para aqueles que o serão...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Autor desconhecido

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos.
É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê a pazinha de brincar de areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal? A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça! Ali, estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos. Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros. Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio, subiam a serra e iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos.
Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim. Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas “pestes”. Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade. E que conquistem do modo mais completo possível. O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
Aprendemos a ser filhos depois que somos pais. Só aprendemos a ser pais depois que somos avós..."

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

DOIS BRASIS

Luciano Pires


Meu amigo Nuno Mindelis diz que o Brasil não é um, mas dois. Existe um Brasil que consome as porcariadas que a mídia dissemina e que os marqueteiros inventam para ganhar dinheiro. É um Brasil pobre de espírito, conformado em ser dirigido. Um Brasil ignorante, que faz dessa ignorância fonte de poder e lucro. Um Brasil onde regras têm pouco significado, onde o que vale é tirar proveito, é a malandragem. O Brasil dos Pocotós.


O outro Brasil é composto de gente que exerce seu poder de escolha. É um Brasil intelectualizado naquilo que essa palavra tem de mais importante: a sede pelo conhecimento. Um Brasil que tem bom gosto, que consome cultura, que respeita regras e que em nada difere de outros países mais “desenvolvidos”.

O Brasil dos Pocotós é gigantesco. Foi construído ao longo de 500 anos e reproduz-se numa velocidade impressionante, pela combinação de uma educação deficiente com uma mídia alienada e burra que dissemina a ignorância. O segundo Brasil é menor. Resistiu ao longo do tempo e tornou-se privilégio da elite que tem mais facilidades para adquirir o conhecimento. Mas nesse Brasil privilegiado, vivem também brasileiros de poucas posses, que conseguiram extrair de sua educação os valores que lhes possibilitam praticar um julgamento consciente entre o que é ou não é capaz de agregar valor ao seu crescimento intelectual.

Uma reflexão interessante, não é? Deve ter seus críticos, mas é instigante.

Pois ando suspeitando que o Brasil despocotizado é maior do que parece...

Ainda não recuperado do impacto da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, fico sabendo que foram abertas as inscrições para a 11ª edição da Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Você sabia que esse evento existia? Não? Pois saiba que 4.500 vagas, disponibilizadas pela Internet, esgotaram-se em 40 minutos. Quatro mil e quinhentas vagas para um evento de literatura esgotadas em 40 minutos! Parece ingresso pra show de Zezé di Camargo e Luciano...

Isso imediatamente me remeteu a um filósofo contemporâneo, chamado Ludwig Wittgenstein, que disse: “O mundo do homem feliz é diferente do mundo do infeliz”. Eu dou uma ajeitada e transformo em “O Brasil do homem feliz é diferente do Brasil do infeliz”.

Mas é o mesmo Brasil! Como pode ser diferente? Simples: o mundo, e por conseqüência o Brasil, é uma interpretação que fazemos da realidade, baseados nos nossos conhecimentos e experiências. Cada um vê o mundo – e o Brasil - conforme seu repertório. Em outras palavras: o Brasil que você vê vem do seu interior e não lá de fora... Conforme você vai vivendo, provando novas experiências, enriquecendo seu repertório, essa imagem do Brasil vai mudando...

Pense nisso. Não é assustador? Repentinamente perceber que a escolha é sua? E que essa escolha não depende de dinheiro, de padrinhos ou de poder? Depende de sua atitude?

Em qual Brasil você vive, hein? O amargo Brasil dos pocotós ou aquele outro mais...Nutritivo?

Aliás, a pergunta correta é outra.

Em qual Brasil você ESCOLHEU viver?

Luciano Pires

e-mail: luciano@lucianopires.com.br

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O CRACK E A MIDIA

Nossos jornalões e as TVs descobriram que o crack tem culpados: é o governo Lula e os favelados. Se derrubar o Lula e tacar fogo nas favelas, tudo se resolve. É o que se conclui das recentes reportagens, e o que dizem alguns comentaristas nos portais de notícias. Em nenhuma matéria há um dedo sobre informações históricas sobre essa droga que efetivamente destrói em pouco tempo seus usuários, e que foi criada para acabar com o forte movimento dos Panteras Negras nos EUA, obra do próprio estado americano. Inventei? Teoria da conspiração? Não. Quem disse foi esta mesma mídia gorda em uma série de reportagens do San Jose Mercury News, assinadas pelo valoroso e premiado repórter Gary Webb, em 1996.

Webb seguiu os passos do caso Irã-Contras, um dos momentos em que, por um descuido, a cortina que encobre o sistema é levantada e podemos ver a fábrica de salsichas funcionando. Simplesmente o governo americano, via sua central de inteligência, vendia armas para seu inimigo aiatolá Komeini e arrumava mais um bom troco no mercado negro de drogas. Tudo para financiar os caros mercenários que combatiam a revolução sandinista. Uma revista em Beirute deu o flagra, espanou o mau cheiro e deu em uma longuíssima CPI no Congresso Americano.

O jornalista fez seu trabalho com competência. Seguiu passos de traficantes, deu nomes, mostrou rotas de tráfico que eram do conhecimento da CIA, e exibiu todo o cenário. Depois, a série foi transformada em livro: Dark Alliance: The CIA, the Contras, and the Crack Cocaine Explosion. Bastou para o mundo cair sobre sua cabeça. Foi acusado por todos os lados de usar falsas fontes, de manipular informações, sua vida virou um inferno. Perdeu o emprego e entrou em lista negra na mídia americana. Morreu em 2004. Segundo a polícia e a mídia, foi suicídio.

Claro, a nossa mídia aqui não lembrou do fato agora. É muito complexo entrar em um terreno tão polêmico. Imagina então pesquisar, que absurdo.

Ah, só um detalhe, certamente sem relevância jornalística: Gary Webb cometeu suicídio com dois tiros na cabeça.