sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Lula, quando a enguia vira sapo

Na quarta-feira, Luís Inácio tornou a defender a desonestidade, desta vez representada por José Arruda no vídeo em que recebe propina. O fez de forma disfarçada, na base do sim nem não, muito antes pelo contrário. Não confessou, é claro, que é amigo da roubalheira descarada. Espertamente disse apenas que não se pode julgar porque "a imagem não fala por si"
( http://puteiro-nacional.blogspot.com/2009/12/quando-charuto-vira-picole-2.html ).

Ontem, confrontado por um repórter com esta frase, Luís Inácio não ficou triste ou abatido com a possível injustiça - como diria Gilberto Carvalho, seu chefe de gabinete. Luís Inácio ficou irritado, como de hábito. Ou melhor, ficou foi puto, para fazer juz a ele.

Então, escorregou, se esquivou, saiu como uma enguia. Alegou que não pode, como presidente, condenar alguém. E não comentaria sobre o assunto em respeito ao anúncio da assinatura dos acordos com a Ucrânia.

Em seguida, a enguia virou sapo. Deu um pulo e falou sobre qual seria a reação de Jânio Quadros. Num saltito, falou que "não tem um ser vivo no Brasil que não entenda que tem de ter reforma política" (só ele, naturalmente). Deu outro pulo e defendeu a realização de uma Assembléia Constituinte.

Comentou a injustiça de pergutarem sobre essa coisinha (Arruda filmado recebendo propina) depois de viajado tantos quilômetros até ali, ignorando a importância dos acordos firmados .

Pronto, a enguia que governa o país escondeu o vídeo atrás do palavrório.

Desta vez, Luís Inácio saiu em defesa de um canalha da oposição.
Provavelmente está se preocupando com seu futuro político.


*

Para completar, hoje vemos Luís Inácio de frente e de costas (ou de bruços).

Um dia, em defesa do escandaloso e indecente José Arruda, ele diz "como presidente da república, não posso condenar alguém",


Logo em seguida, em defesa de Mahmoud Ahmadinejad que viola acordos internacionais com seu arsenal atômico no Irã, afirma que "os EUA e a Rússia não têm competência moral para criticar o Irã".

Como presidente do nosso país, Luís Inácio jamais poderia se referir a qualquer chefe de outra nação de maneira tão agressiva e deselegante. Nosso presiMente não apenas mente, ele não tem noção do que significa diplomacia.

Pela necessidade de mostrar ao mundo sua onipotência, o megalômano atropela as regras mais simples de convivência entre chefes de Estado.

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