sexta-feira, 30 de maio de 2014

As vezes, quando escuto relatos de filhos sobre suas mães fico pasma. Alguns não se importam em saber como estão passando, se precisam de alguma coisa e seguem suas vidas como se elas não existissem. Já foram necessárias. Agora não mais. Outros relatam com frieza e distanciamento a relação. Parecem dois estranhos, nos raros desencontros cheio de formalidade. 

Não consigo compreender como se esquecem, com tanta facilidade, as noites insones, os ensinamentos, o buscar e levar a escola, aulas de balé, natação, inglês, casa de coleguinhas. Estudar junto para a prova, fazer pesquisa, banho morno de madrugada para baixar o febrão, segurar a testa para vomitar o 1º porre da vida. Vibrar no auditório com a apresentação seja lá do que for como se fossem os maiores artistas do mundo. E eram! Xingar juiz, técnico e a torcida adversária numa competição qualquer. Fazer mágica com o dinheiro do mês ou economia por meses, só para comprar o que tanto desejavam. Realmente não compreendo.


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