terça-feira, 13 de maio de 2014

Li num jornal sobre os diferentes preços de cestas básicas pelo Brasil e resolvi fazer uma avaliação da minha cesta básica, claro, aqui não existe nenhum produto sofisticado que as vezes são consumidos para satisfação do ego, muito menos pelo sabor.
(Maria quase não usa açúcar, usa adoçante)

Açucar  6 kg  Preço médio nos grandes supermercados: 1,60 X 6 = 10,60                                              acumulado  10,60
Arroz (Maria também não consome muito arroz



Melhor ser alegre do que triste...O poetinha falou assim,E assim é que é bom viver...É assim desse jeito que se deve querer viver...Mas existem umas misturas Que devem ser feitas todas as manhãs Com o auxilio do tempo. É preciso estar disponível para a alegria, então,  não existe medida nem peso quanto mais disponível melhor. Estar disponível é ter vontade






 Numa sociedade em que a verdadeira divisão de classes está entre os que; têm conhecimento e os que não têm, 70% estão condenados desde já, em grau maior ou menor, a ficar no bloco dos perdedores.  Se bem que existe outra realidade menos agressiva a dos “com diploma e sem emprego” cujo fator responsável  pode estar no perfil pouco dinâmico para enfrentar o “batente” e ainda fatores  de avaliação de um candidato nos famosos 30 segundos para causar uma boa impressão. Existem os que não tem diploma mas que sofre de desemprego por conta de uma incompatibilidade com a profissão escolhida, enfim a maioria não passou por uma avaliação de aptidão e como num sorteio define o que quer ser profissionalmente e não para o que lhe ofereça maior oportunidade.
A crise de empregos que assola o país produz um fenômeno ainda pouco estudado pelos acadêmicos: o chamado desemprego intelectual. O conceito, criado na Itália, designa tanto aqueles profissionais com formação universitáriaque se sentam nos bancos de praça devorando os classificados de jornal, quanto aqueles que têm formação superior numa determinada área, mas trabalham em outra, totalmente diferente - e que geralmente exige menor escolaridade. É o caso do engenheiro que virou comerciante, da psicóloga que ganha a vida vendendo bombons caseiros e do arquiteto que garante que apenas 'está' taxista.
Quem decide escolher e esperar o que fazer não é preciso ter um diploma de sociologia para concluir que muito pouca gente, aí, está a caminho da prosperidade largou o estudo por uma pura e simples questão de sobrevivência. .Gente que deixou o tempo passar e não se qualificou, a cada dia que passa, mais longe ficam de aprender as habilidades indispensáveis para entrarem num mercado de trabalho agressivamente tecnológico como o de hoje e, mais ainda, de amanhã.
Eles não terão os mesmos direitos que os outros, que neste momento já estão muito à frente deles, pelo simples motivo de que não terão as mesmas oportunidades. Para a grande maioria deles, estará fechado o acesso ao que em geral se considera as coisas materiais mais compensadoras da vida.


Postado por João Almeida. às 06:51 Nenhum

Esta matéria publicada num blog que visito sempre fez piscar uma luzinha que me levou a uma avaliação própria, posso garantir, nas minhas imperfeições a qualidade canalha está fora. Mas conheço gente que fica bem incorporado ao perfil, CANALHA.
Canalha é negócio dos homens. Fora o homem, nenhum animal se escolheu canalha. Canalha é produto próprio da parte desprezível da cultura humana. Ser canalha, se tomar canalha, se preservar canalha, se atender canalha. Atitude do homem desprezível.
O filósofo Nietzsche diria que o canalha é uma degeneração do instinto humano.
Ele age para se apossar do Bem-Comum, já que, impotente, seu entendimento de potência ocorre no ato em que ele se apossa do que lhe é alheio, visto não produzir em si corpos morais. Daí ser um corpo pustulento, viscoso, aversivo, asqueroso, vil, bilioso, arrogante, prepotente, habilidoso, libidinoso. Só não é hipócrita. O hipócrita é aquele que representa um personagem para conseguir o que almeja por mais ignóbil que seja. O canalha não representa, ele é o que é. Ele não tem duplo.
O filósofo Sartre o chama de uma consciência malograda. Um modelo burguês. Uma existência que se mostra sempre em Má-Fé, em subterfúgio, atalhos, fugas. Porque ele se escolheu um covarde, um cabotino. Sua grande estratégia é tramar, trapacear, calcular, usurpar. 

Por que os canalhas não envelhecem
Embora o filósofo Baudrillard, em seus estudos dos clones sociais não o tenha inserido, o canalha é um caso de replicância vil da humanidade. O primeiro serial-clone. Ele sempre esteve em toda as sociedades. Em todas as classes da sociedade – profissional, artística, religiosa, esportiva, econômica, legislativa, judiciária, executiva. Assim como um telespectador acéfalo, como o do BBB, ele facilmente se multiplica, visto que há sempre, na cultura voraz da canalhice, um terreno fértil para sua replicância. E, nessa condição de clonagênese, ele não pode nunca envelhecer.
Porque a lógica do canalha é se dar bem de qualquer jeito. Na realização do casamento, canalha casa com canalha. Por isso, vemos canalhas saltitando em todos os territórios sociais. 
Das muitas qualidades nocivas de um canalha, uma que solta aos sentidos e à razão é que ele não tem amigo. Ele tem cúmplices. Digamos que ele esteja comemorando suas bodas de prata – pode ser de ouro, de diamante, até de petróleo – e sua casa se encontre cheia: juízes, desembargadores, empresários, gatinhas, gatinhos, políticos, religiosos, artistas. Só “amigos”? Não, só cúmplices. O amigo conduz o amor e a confiança, o canalha é um compulsivo desconfiado, e um triste mal-amado. Não confia em ninguém, e não ama ninguém. Só “confia” e “ama” o produto de sua degeneração.

Em todas suas relações – diante de Deus, na igreja, no tribunal, no aniversário de um ente familiar, em um velório -, quem primeiro dá as caras é sua canalhice. Se em uma dessas convenções ele chora, é somente uma reação fisiológica, as lágrimas não expressão um entrelaçamento afetivo com o sujeito ao qual ele se dirige. Como não compõe comunalidade, o outro é uma abstração. Nisso, a solidariedade surge como um vazio significante sem sentido social e humano. Por isso, como diz o teatrólogo alemão Brecht, para ele “a humanidade é uma exceção”. Quando acontece uma catástrofe e ele for um canalha público, sua manifestação é meramente material, e muito bem propagada para ele ser tomado como um bom cristão. Como estão “solidários” muitos no Haiti! A canalha da política internacional.
E por isso, percebo coisas que ainda me atemorizam quanto ser sociável que aspira ter um tantinho de cultura e educação. E esse meu pasmo, pode parecer infantil, piegas ou romântico. Mas, estar em pleno século XXI e constatar que muitas pessoas ainda vivem um comportamento “pequeno- burguês” de séculos passados, ostentando atitudes que classificam de classe, ignorando ou exaltando outras de acordo com seu status, leia-se, poder econômico. Negando gentilezas que gerariam um mundo melhor e eu não estou falando de uma utópica ideia de igualdade social, mas de um sentimento de humanidade. Apavora-me!

Há pouco tempo fiz uma viagem e o primeiro abraço que recebi foi do taxista que foi me buscar no aeroporto e gentilmente me levou pelo percurso mais bonito da cidade, sem cobrar nada mais do que já tínhamos acertado. Chegando ao hotel, novamente fui afagada pela generosidade de dois atendentes que me ofereceram uma água com gás e se recusaram a receber por isso e lamentaram que àquela hora (uma e meia da madrugada) não tinham mais suco ou outra coisa melhor para oferecer. E no decorrer do dia recebi de braços abertos todas as outras demonstrações de vida humanitária vinda de um grupo que, muitos chafurdados num lamaçal de soberba, protocolos ultrapassados e etiquetas tão boçais, tratam como invisíveis.

Não cumprimentar o porteiro; não agradecer uma camareira, não responder- sim, por favor; não, obrigada; negar agradecimento por algum serviço prestado; nos torna melhores ou superiores a quem?

O meu olhar constrói e desconstrói o feio e o bonito.



“Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem, apenas, sei de diversas harmonias possíveis, antes do juízo final”.

Simone Fernandes.









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