domingo, 26 de fevereiro de 2012

Grande acelerador é reativado à procura da origem da matéria

Física | 24/02/2012 10:

Após dois meses de parada, mais de 5 mil cientistas dão início a etapa decisiva na busca do 'Bóson de Higgs'

Isabel Saco, da
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Divulgação/CERN

Acelerador de partículas, LHC

Os físicos esperam que das colisões entre prótons a energia tão elevada surjam novas partículas cuja existência está apenas na teoria

Genebra - As operações do acelerador de partículas LHC, do Centro Europeu de Física de Partículas (CERN), voltou a ser acionado após mais de dois meses de parada técnica e a partir de agora mais de 5 mil cientistas dão início a etapa decisiva na busca do 'Bóson de Higgs', a partícula que explicaria a origem da matéria.

'Os aceleradores estão sendo reativados, mas os primeiros feixes de prótons não serão injetados no LHC (Grande Acelerador de Hádrons) até meados de março e as colisões continuarão até o fim deste mês', confirmou nesta sexta-feira à Agência Efe o porta-voz do CERN, James Gillies.

A injeção de prótons será feita em um primeiro acelerador menor e mais antigo. Lá as partículas irão adquirindo energia e acelerando-se para passar ao segundo acelerador maior antes de chegar com toda potência (mais de 99,9% da velocidade da luz) ao LHC, explicou um dos responsáveis do centro de controle do grande acelerador, Mirko Pojer.

Uma vez que os prótons cheguem ao LHC, a metade deles fará sua trajetória em uma direção e os demais no sentido oposto para começar a colidir no fim de março.

Para isso então terão de ter chegado ao ponto ideal de esfriamento dos ímãs supracondutores do LHC, cuja temperatura deverá descer aos 271 graus centígrados negativos - a temperatura mais baixa conhecida no Universo - para que a experiência se retome corretamente.

No total serão injetados 2,8 mil pacotes de partículas no LHC, com conteúdo de 115 bilhões de prótons cada, que circularão a uma energia de 4 TeV (teraeletronvolts), 0,5 TeV mais do que estava previsto.

'A energia da colisão dos prótons equivale ao choque de um grande avião na velocidade de aterrissagem, ou seja, cerca de 150 km/h', comparou Pojer.

No entanto, dado ao reduzido tamanho dos prótons, a probabilidade de choque é reduzida, o que explica a necessidade de injetar no acelerador tamanhas quantidades de partículas.

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