domingo, 19 de fevereiro de 2012

Ministra Maria do Rosário faz criticas à família de Eloá

Ela aproveitou a ocasião para fazer um alerta sobre sexualidade precoce

Demétrio Weber

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BRASÍLIA - A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, criticou neste sábado a família da estudante Eloá Pimentel, assassinada em 2008 pelo ex-namorado Lindemberg Alves. O alvo da ministra foi o consentimento dos pais de Eloá para que a filha iniciasse o namoro quando tinha apenas 12 anos e o rapaz, 19. Lindemberg assassinou Eloá três anos mais tarde, em 2008, num crime que chocou o país, e foi condenado a 98 anos de prisão na última quinta-feira. Para Maria do Rosário, as famílias precisam proteger suas crianças, o que passa por maior zelo para em relação à sexualidade precoce.

- Vejam, por exemplo, o que é a morte da menina Eloá. Uma situação absurda, que revolta o povo brasileiro. Mas, em todos os noticiários, nós vimos que aquele que matou a Eloá entrou na sua casa e pediu a autorização para a sua família quando ela tinha 12 anos. Será que é possível que os pais e mães não estejam atentos, que com 12 anos, enfim, não é possível que as meninas, que os meninos estejam sexualizados precocemente? - disse Maria do Rosário.

Ela visitou a central de atendimento telefônico do Disque Direitos Humanos (Dique 100), que recebe denúncias de todo tipo de violência contra crianças, adolescentes, idosos e homossexuais. Segundo ela, o carnaval é uma época do ano em que o público infanto-juvenil fica mais exposto à violência sexual:

- Precisamos não só de governos mais atentos, precisamos de pais e mães mais atentos. Isso é o que eu queria declarar sobre a violência e a exploração sexual: se vocês tiverem dúvida sobre se uma menina ou um menino está sofrendo um abuso, não tenham dúvida de denunciar, sigam a intuição, denunciem, busquem apoio.

A ministra lembrou que a lei brasileira classifica como estupro o ato sexual com menores de 14 anos:

- A legislação diz que, com menos de 14 anos, qualquer relação sexual é uma relação de violação e de estupro de vulnerável. Não basta a gente fazer a lei, é preciso que todo mundo cumpra.

A ministra não escondeu o assombro com a precocidade do relacionamento de Eloá com Lindemberg:

- Vocês não acham uma vergonha esse negócio? As mães de vocês deixam essas coisas? Com 12 (anos)? Tudo bem, o mundo mudou. O principal que eu disse aqui é esse meu sentimento de que criança tem que ser protegida, não basta contar que o governo vai estar fazendo a sua parte. A sociedade tem que fazer a sua parte mesmo. E a família.

Maria do Rosário afirmou que seu objetivo é fazer um alerta às famílias brasileiras:

- Estou fazendo um alerta para as famílias: "Minha filha não". Quero dizer para as outras pessoas, olha, tem tempo para tudo na vida. Tem tempo para namorar, tem tempo para viver a sexualidade de uma forma e tem tempo para estar também podendo brincar, subir em árvore, correr. E as crianças do Brasil e do mundo estão muito cedo sexualizadas. E isso não é culpa delas ou responsabilidade delas. Isso é responsabilidade da sociedade, até dos meios de comunicação e das famílias também.

A ministra negou que estivesse dando um puxão de orelha na mãe de Eloá:

- Dessa família, não. Acho que essa mãe já tem dores demais para carregar consigo. Quem sou eu para produzir novas dores. Mas isso me serviu de exemplo para pensar. E já que eu tenho oportunidade para fazer a sociedade pensar que tem que ficar mais de olho, cuidar mais - disse ela. - Não me coloque numa situação difícil de dizer que eu estou salvaguardando o assassino. A família não é responsável pelo sujeito que apertou o gatilho. A responsabilidade é totalmente dele. Eu não julgo ninguém, eu quero fazer um alerta. Uma atenção maior com uma criança de 12 anos eu acho que todos nós devemos ter no Brasil.

Durante a visita à central de atendimento telefônico do Disque 100, onde cerca de 450 pessoas trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana, a ministra chegou a conversar com um conselheiro tutelar que visitaria uma casa onde há denúncia de violência sexual contra uma menina. Por motivo de segurança, a ministra não revelou a cidade nem o teor da denúncia. Neste carnaval de 2012, o Disque 100 concentrará esforços no atendimento a dois tipos de denúncia: violência sexual contra crianças e adolescentes e homofobia.


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Exma. Sra. Mina. Chefe da Sec. de Dir. Hum. Maria do Rosário, a mãe fez o melhor que podia. Infelizmente a raça humana está em um estágio muito atrasado de desenvolvimento. Quanto mais aqui, com essa elite. Uma pessoa de 12 anos não deveria namorar outra muito mais velha mas, também está claro que, V. Ex.a. não freqüenta as favelas de nosso país onde isso é comum. Antes de dar recado às mães, resolvam os problemas: Educação, saúde, habitação, corrupção e etc. é isso que politico tem que fazer.

É por causa disso que o nosso mundo está desse jeito. Liberalidade sem controle é a trilha para o abismo. Duvido que aqueles que concordam com o modernismo desenfreado conheçam o que é uma "Boca de Fumo", "Cracolândia", "Cadeia", "micro-ondas". Quanto mais cedo se orientar os filhos, menos problemas futuro. Ao invés de se jogar as provocações do sexo, indique um esporte, um curso, um convívio sadío, um instrumento musical. O espaço deve ser explorado para discussão inteligente, nada de ofenças.

Logo que o primeiro hormônio desce e o peitinho cresce a mulher sai atras do primeiro cabo de vassoura que vir pela frente e cai matando. O resto é bobagem e já não há mais jeito.

há 54 minutos

Marco Antonio de Oliveira Poleto 19/02/12 - 08:11

Pais que Amam seus filhos não devem discordar da opinião da ministra. Infelizmente hoje em dia a TV e as propagandas moldam nossos filhos que se atiram nesse "modismo moderno". Os programas despertam o interesse por um beijo, por uma carícia e até pelo sexo prematuro. Educação ficou em 2º plano. Nós pais devemos ter controle de nossos filhos e daquilo que fazem. O inverso são filhos que espancam uns aos outros, idosos, matam inocentes, usam drogas, etc. A palavra chave é: LIMITE E DISCIPLINA.





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