terça-feira, 24 de abril de 2012

Frituras com óleo de girassol ou azeite de oliva são melhores para o coração


Pesquisadores da Espanha têm uma boa notícia para quem gosta de frituras: o uso de azeite de oliva ou óleo de girassol para cozinhar não foi associado a doenças cardíacas ou morte prematura. Os resultados saíram no British Medical Journal.
Especialistas da Autonomous University of Madrid examinaram por 11 anos os hábitos de culinária e a saúde de 41.000 adultos de 29 a 69 anos, que não tinham nenhuma doença cardíaca no início do estudo. Os participantes foram questionados sobre a sua dieta e a maneira que preparam seus alimentos – se fritos, assados, grelhados etc.
De acordo com a quantidade de consumo de frituras, os voluntários foram divididos em quatro grupos. No período do estudo, 1.134 mortes e 606 eventos associados a doenças cardíacas foram observados.
Comparando esses números entre os membros dos grupos, percebeu-se que o número de mortes e doenças cardíacas entre eles foi similar entre os diferentes grupos. Isso levou os pesquisadores a concluírem que o consumo de frituras não foi o responsável pelos males do coração.
Os pesquisadores salientam, no entanto, que os resultados provavelmente não seriam os mesmos em países que utilizam óleos de fritura sólidos e reutilizados, como acontece nos países do ocidente. Isso porque, quando um alimento é frito nesses tipos de óleo, ele absorve a gordura do líquido, o que aumenta as suas calorias. Além disso, mesmo que o óleo de girassol e o azeite de oliva tragam benefícios ao coração, precisam de moderação no consumo.
Azeite de oliva extra virgem: rico em ômega 9, gordura monoinsaturada. Fonte de compostos fenólicos com alta atividade antioxidante. Coadjuvante na redução do colesterol. Bom para o coração. Sugestão de consumo: 2 colheres de sopa/dia.
Óleo de canola: planta pertencente à família do repolho e da couve de bruxelas. Tem grande quantidade de gorduras insaturadas, é livre de colesterol e gordura trans e tem menos gordura saturada que qualquer óleo comestível comumente utilizado. Auxilia na redução do risco de doenças coronarianas, com a diminuição do colesterol total e do LDL colesterol. Equilibrado em ômega 6 e 3, é fonte de vitamina E. Indicado para cozimento, para fazer molhos e sobremesas, pois apresenta alto ponto de fumaça.
Óleo de coco: o ácido láurico, de ação antibacteriana, compõe aproximadamente 50% da gordura do coco. Este óleo é fonte, também, de ácido caprílico, que estudos sugerem ter papel antifúngico e imunoestimulante. Tem ação antioxidante. O óleo de coco é fonte de triglicerídeos de cadeia média (TCM). Após absorção intestinal, os TCM são transportados para o fígado, onde são queimados, aumentando a termogênese após a refeição. Daí sua ação termogênica, coadjuvante nos processos de emagrecimento. Estudos apontam que o óleo de coco, como parte de uma dieta equilibrada, diminui o desejo de comer doces e alimentos gordurosos. Sugere-se o consumo de 3 a 4 colheres de sopa/dia.
Óleo de gergelim: fonte de ômegas 3, 6, 9 e vitamina E, antioxidante que protege as células da ação dos radicais livres. Usado em saladas, pratos frios e massas.
Óleo de girassol: fonte importante de ômega 6 e de vitamina E. Utilizado a frio, diretamente sobre os alimentos e em molhos para saladas ou ainda em cozimento rápido em baixas temperaturas.
Óleo de linhaça: fonte de ômegas 3 e 6 na proporção ideal. Estudos mostram sua ação na redução de triacilglicerol e colesterol e também na inibição de fatores inflamatórios. Pode ser misturado na proporção de 2 de azeite para 1 de óleo de linhaça e usado para temperar saladas.
Óleo de macadâmia: fonte de ômegas 7 e 9. Estudos mostram que seu consumo auxilia na redução das taxas de colesterol total e LDL. Usado em diversas preparações, saladas e refogados. Recomenda-se o consumo de 1 a 2 colheres de sopa/dia.
Óleo de soja: fonte de ômegas 6 e 3. Devemos preferir os prensados a frio. Usado largamente na culinária.

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