quinta-feira, 19 de novembro de 2009

‘A reforma agrária virou favela rural’

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

‘A reforma agrária virou favela rural’

Em entrevista concedida à Associação dos Jornais Diários do Interior do Paraná (ADI-PR), entidade que reúne 19 empresas jornalísticas, que totalizam mais de 200 mil exemplares de circulação por dia, o Deputado Abelardo Lupion aborda temas polêmicos como a reforma agrária e os índices de produtividade.

ADI - Que avaliação o senhor faz da reforma agrária e dos movimentos sociais?
Abelardo Lupion - Eu acho que a reforma agrária é um blefe. Hoje, o contribuinte paga por uma reforma agrária, que não conseguiu fazer emancipação alguma. Ninguém anda com as próprias pernas. A reforma agrária é uma grande favela rural. Há um investimento absurdo. O governo tem nas mãos do governo 134 milhões de hectares e não consegue fazer com que os assentados sejam autosuficientes. A região de Cascavel é exemplo. A Fazenda Mitacoré (em São Miguel do Iguaçu) era modelo e virou uma favela rural. No Brasil, o MST e a Via Campesina são movimentos terroristas que fazem a desestruturação do campo. Nós precisamos jogar muito pesado contra esse povo porque não se pode fazer um ralo do dinheiro público, que poderia fazer com que o pequeno produtor se vi O Congresso votou o Banco da Terra, que só levou vocacionados para a Agricultura e não era politizada essa escolha. O modelo que se propõe o MST e a Via Campesina é de financiar movimentos terroristas que querem desestabilizar o governo e a produção no Brasil. Esses movimentos têm nos governos Lula e Requião grandes aliados.

ADI - Qual é a posição do senhor em relação à mudança nos índices de produtividade?
Abelardo Lupion - O País vive a pior fase da história em termos de preços. Com exceção da soja, todos os produtos estão sendo vendidos abaixo do custo de produção. Isso nada mais é do que o governo impor ao produtor rural plantar e perder dinheiro, quando ele mesmo não faz política agrícola. Nós temos dentro das propriedades rurais a definição do problema ambiental, que gera intranquilidade para o setor. Nós temos hoje um produtor rural falido. Há cerca de quarenta anos houve uma lei, quando meu avó era governador do Estado, obrigando os agricultores a retirarem a madeira da beira de rio por causa do tifo e da malária. Não é o momento de se discutir mudança nos índices de produtividade. Trata-se de um crime lesa-pátria impor ao produtor rural uma condição de bancar a recomposição. Você vai doar 20% da propriedade, no Paraná, e 80% no Norte do Brasil, sem ter um tostão de recomposição. Nós precisamos entender que não é o momento de estabelecer novos índices de produtividade, mas sim de apoiar o produtor rural para não sair da atividade.

publicado por D. Bertrand | 11:17 | Comentar | Ver Comentários

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