terça-feira, 24 de janeiro de 2012

arquvo

Salve, pelo menos, sua liberdade de ser frio, mas, por amor de Deus, MORNO NÃO. Água morna causa vômito. Estamos precisando de água fervendo, daquela com que a gente faz o café do Brasil, fumegante e não pasta de cocaína que despenca das geleiras dos Andes. Morno é o sono do bicho-preguiça eternamente dependurado no galho de uma árvore. Cria mofo, bolor, mau cheiro, dispnéia política epidêmica.

Sabe, meu amigo, o que é bom contra isso tudo? É o sol da liberdade que esbordoa para os quintos dos infernos os ditadores e todos os seus sócios e simpatizantes. Fogo neles. O Brasil tem dono. Não está sendo leiloado a preço de banana, nem a preço algum, muito menos oferecido de presente a bruxas nem a títeres meridianos que andam por ai a busca de alguém para devorar.

temos duas metades: a dos defeitos e a das qualidades.
Vivemos julgando as pessoas
(Texto de Letícia Thompson)

"Como expectadores da vida alheia, julgamos diariamente os gestos e atitudes do nosso próximo.
Quem diz que nunca julga, não é honesto consigo mesmo. Quando fazemos um comentário, qualquer que seja, estamos julgando.
Cada vez que exprimimos uma opinião pessoal sobre alguma coisa, fato ou alguém, estabelecemos um julgamento, justo ou injusto.
E quando somos nós o centro da platéia, pedimos clemência, tolerância, imploramos interiormente para que se coloquem no nosso lugar e tentem entender nossas ações ou reações.
Colocar-se no lugar do outro para entendê-lo, seria entrar no seu coração e alma, sentir suas emoções, vestir sua pele. Impossível...
Cada um de nós é único e mesmo aquelas pessoas que mais amamos não nos transferem suas dores tais e quais. Sentimos sim, quando sofrem, mas por nós, porque nossa própria alma se entristece.

Deveríamos, todos, possuir um espelho da alma, para que pudéssemos nos olhar interiormente antes de julgarmos outras pessoas.
Sentiríamos, provavelmente, vergonha dos nossos pensamentos. Por que nosso próximo é tão exposto às imperfeições, falhas, pecados, más ou boas decisões, quanto nós.
Se houvesse uma câmera capaz de revelar aos outros nossos pensamentos diários, iríamos estar sempre fugindo dela... Por quê?
Porque ante a possibilidade de que seja revelado nosso eu, seríamos muito mais honestos conosco. Isso nos tornaria, talvez, mais tolerantes e mais humildes.

Quando alguém sofre porque está atravessando por um caminho pedregoso, dói nessa pessoa não somente a passagem por esse caminho, mas também o olhar dos outros, que condenam sem piedade, as línguas ferem mais profundamente que facas e punhais.

As pessoas se esquecem facilmente que tiveram um passado que, mesmo se correto, nunca foi um lago de água transparente, porque puras, só as criancinhas...
E ninguém pode dizer o que virá amanhã, se houver amanhã.

Ninguém está ao abrigo das chuvas repentinas da vida, das torrentes que podem levar tudo, dos males que podem atingir o corpo e, às vezes, a mente.
Apenas um minuto e tudo pode se transformar.
Então... Melhor exercer a tolerância, a bondade, a compaixão, antes de julgarmos se outros estão certos ou errados, se têm ou não razão.

E quando a tentação for grande de olhar o que se passa com outros, bom mesmo é se lembrar do espelho que deveria retratar nossa imagem interior que pediria, certamente, compreensão.

E como não sabemos o que o amanhã nos reserva, vivamos o dia de hoje com sabedoria, coração amoroso para com o próximo e olhar voltado para o alto."

Espero que tenha atendido às suas expectativas.
Obrigada.

Querer a todo custo ser feliz, não significa estar isento de tropeços, de tristeza nem de sofrimentos. A diferença é a persistência, a força de não desanimar diante mesmo de tristes surpresas...
Tento ser feliz enquanto a tristeza estiver distraida, eu tenho uma visão bonita de mim, e sem dá importância aos deboches sigo sem esperar reconhecimentos, mas não abro mão da minha defesa. Ainda estou pesquisando se eu mereço tamanho sofrimento, que só não fez estrago maior, porque vivo querendo ser feliz e não posso desanimar, não faço parte do clube dos fracos, mas que dói, dói...
Nunca mais vou estar onde possa correr riscos de ser atingido por palavras que ferem.
As palavras são tão poderosas que você conhece a historia do Brasil pelo grito...
Ou uma criança nascendo pelo grito do choro da mãe e do filho.
As palavras são expressivas e lindas... ao mesmo tempo cortantes.
Havia um poeta do ceará que dizia que não podemos falar como convém sem querer ferir ninguém.
Por outro lado Paulo, o apostolo, dizia que devemos falar sempre a verdade, porem, falar com amor.
Essa é a questão.
Esses dias começaram a me achar triste pelas palavras.
Outra feita, alguém me disse ou me lembrou que a gente fala pela boca o que pelo coração anda cheio.
Chega um momento em nossa vida que isso é mais verdade do que nos outros momentos.
Assim é você falar de algumas coisas não porque está cheio o seu coração mas é porque de repente trata-se de um assunto mal compreendido.
Pela palavra as coisas passaram a existir e pela palavra mal falada relacionamentos podem parar de funcionar.
Hoje temos excessos de palavras e economia de relações.
Excesso de palavras.
Às vezes fico mais bonito calado e doe menos sem mal entendido.
É bom levantar a auto-estima alheia, encorajar e animar e fazer pessoas felizes pelas palavras.
Dizia um antigo pregador:
o deserto tem o tamanho da nossa lingua!

Nenhum comentário: