terça-feira, 18 de dezembro de 2012

mudança


Pela mudança abrupta que minha vida experimenta, pelos momentos de muita tristeza eu deveria fugir de qualquer coisa que possa agravar o meu sofrimento. Tenho muita esperança que eu volte a gozar de uma saúde razoável,suficiente para que eu possa abrir o meu sorriso. Assim, falhei ao me envolver, discordar da inclusão de pessoas nos convites para o aniversário da minha neta Maria. Mas o que eu não faço ,  é mudar o que eu penso, e para tanto, a estória tem que ser bem contada:

Sofri muito, e já estava para jogar a toalha...nunca comentei tudo que o meu coração passou...ou tudo que passava por minha cabeça....Mas  aí, meu filho me surpreende... me faz novamente feliz renascendo o pai amigo. Hoje eu lhe chamo de GUERREIRO! E tenho motivos de sobra para isso, as noites em que Maria percebia meus olhos vagando pelo telhado e me confortava, e ao amanhecer eu disparava para a cidade próxima do sítio e depositava o que podia,  dinheiro que só dava para um lanche simples, eu mandava...e chorava quando ouvia sua voz dizendo simplesmente:
Ou meu pai! Valeu!
Nos momentos difíceis não me sentia forte, pelo contrário temia não agüentar, mas mesmo assim tentava fazer alguma coisa e sofria.
Tudo isso começou quando uma pessoa me disse: Foi fulano que apresentou a porcaria a seu filho...e mais, passou informações que definia como possível viver entre um mundo e outro. Só que essa pessoa convive com um vicio e depois volta para casa, tem companhia, um ambiente confortável, vivendo socialmente muito bem, aceito sem restrições em qualquer lugar. Meu filho, não...eu e Maria vivemos no sitio, e infelizmente houve o fim do seu casamento, o desmantelamento da sua família, sobrando pra ele a proximidade com o pior e assim ele desceu para o fundo do poço. Quando ele resolveu ir para ilha, não achei bom, mas não pude fazer nada, tinha acabado de passar por um grande sofrimento, só pude lhe dá um pouco de dinheiro e ele se foi... Muitas luas se passaram, e aí ele me telefonou:
Meu pai, vou para São Paulo.... como vou para São Paulo ?  Maria deu apoio, coração de mãe. O que podemos fazer, foi comprar algumas peças de roupa e leva-lo ao aeroporto.... Se alguém pudesse saber como estava meu coração...Quem tem filho, se quizer pode avaliar minha situação...
Os primeiros contatos era de preocupação, mas as coisas evoluíram bem, até que Maria comprou passagens e fomos levando suas filhas.

Bela surpresa! Meu filho estava salvo! A qualidade das pessoas em sua volta...ou glória!
E o tempo perdido... quando ele me ignorava, não tinha uma palavra se quer de amor, se transformou em abraços, beijos e caricias e  bons papos.
Voltamos lá novamente... e encontramos ele melhor ainda, um novo amor e mais uma filhinha. Curti meu filho... e é tanta felicidade que a saudade chega a me incomodar. Ele está vindo para comemorar o primeiro aninho de Maria, mas depois eu vou para Sampa, quero andar lado a lado com meu filho Guerreiro, como ando com Jota, recuperar o que perdi ou perdemos.
A estória é muito mais comprida...mas não vou mais adiante. Por tudo isso eu ainda queira defender meu filho, é o meu estilo de ser pai, contestado eu sei, talvez não seja preciso, mais a minha atitude vem de muito sofrimento, muitas lágrimas derramadas.
Minhas desculpas... foi bobagem minha....






Não  se sabe se numa manhã, numa tarde ou invadindo uma madrugada, Carmem e Amaral fizeram uma reunião,ou simplesmente o assunto surgiu numa mesa de bar.

Falaram da infância, da adolescência, dos fatos acontecidos nas suas vidas, nos colégios e nas atividades comuns a qualquer pessoa.

Lembraram das coisas que se chocaram ou criaram desconfortos, aborrecimentos na rotina familiar e aí se colocaram como vítimas.

Incapazes de fazer justiça e de exercitar o mais saudável sentimento que só existe no seio da família, nomearam as pessoas mais próximas como algozes, passando a ter um comportamento de indiferença, pasmem, com a própria mãe. Assim fizeram um acordo, criaram um mundo ´so deles, com suas regras, e conivência um com o outro... passaram a plantar uma semente, que a estupidez não os deixam ver, terminará em péssima colheita.
Numa manhã arrepiou-se ao atender o interfone e ouvi a voz de Marlene, arrepiada disse simplesmente um oi enquanto abria o portão.
___que  saco!

Eu posso ter falhado, foi tão pouco que os meus acertos poderia ter evitado tamanho constragimento

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