terça-feira, 18 de dezembro de 2012


Qual é a coisa mais importante da vida?
Se fizermos esta pergunta a quem vive num pais assolado pela fome ele diria: a comida.
A filosofia não se satisfez com os argumentos religiosos,
a busca de respostas sobre a vida continua, mas não é tão simplória esta posição da filosofia, interesar-se em saber de onde viemos não é uma coisa casual, esta questão é antiga.
Muito dos antigos enigmas foram resolvidos pela ciência ao longo do tempo.
Como era o outro lado da lua? Sabemos hoje como é ,
Enfim um dia todas as respostas foram  espirituais
A única coisa que precisamos para nos tornarmos filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisa.
A filosofia surgiu  na Grécia 600 ac até aí todas as perguntas do homem haviam sido respondidas pelas diferentes religiões, que passaram de geração a geração através dos mitos, história dos deuses...
Quem já ouviu falar de TOR  e seu martelo?
Pois é, antes do cristianismo chegar a Noruega, acreditava-se  que TOR cruzava os céus numa carruagem puxada por dois bodes, e quando ele agitava seu martelo produzia-se raios e trovão.
Quando troveja e  relampeja, geralmente também chove, e a chuva era vital para os camponeses, as sementes germinavam e as plantas cresciam, e assim TOR era o Deus mais importante do norte da Europa.
Não podemos esquecer das épocas, estamos falando de 600 ac.
A prática religiosa mais importante na antiguidade nórdica era o sacrifício.
Fazer um sacrifício a um deus sig-nificava aumentar o seu poder. Os homens tinham, por exemplo, de oferecer vítimas aos deuses para que estes ficassem suficientemente fortes para vencerem as forças do mal. Nessa altura, sacrificava-se ao deus um animal. Pensa-se que a Thor se ofereciam geralmente bodes. A Odin eram sacrificados também homens.


E a mitologia grega?
Essa rapaziada do baticun, bereguedê, passa ao largo com essa conversa.
Os Deuses na mitologia grega tinha muita semelhança com os homens,
os filósofos criticavam essa condição e assim 700 ac eles diziam que os mitos não passavam  de frutos da imaginação dos homens.
Xenófanes, por exemplo achava que as pessoas teriam criado os deuses à sua imagem e semelhança, vestindo-se inclusive da mesma forma.
Os  Étiopes   imaginavam seus deuses, pretos, de nariz achatado, já os deuses dos Tracianos  tinham os olhos azuis e eram ruivos.
Vejam só o que é ir passear no “mundo de Sofia”...
Se as vacas, cavalos e leões tivesem mão e com elas pudessem pintar como homens, eles representariam à suas divindades á sua imagem e semelhança.
Êpa!
Os homens não podiam ficar de braços cruzados à espera que os deuses interviessem quando certas catástrofes como as secas ou as epidemias aconteciam
Então muito antes de Cristo, os gregos fundaram muitas cidades onde ....
Temos muitos exemplos semelhantes provenientes de outros lugares do mundo:
os homens encenavam um “mito das estações”, para acelerar os processos da natureza.

Havia representações míticas como estas em todo o mundo, antes de os filósofos começarem a criticá-las.
Também os Gregos tinham uma concepção mítica do mundo, quando surgiram os primeiros filósofos.
Durante séculos, uma geração transmitia à seguinte as histórias dos deuses. Na Grécia, as divindades chamavam-se “Zeus” e “Apolo, Hera” e “Atena, Dioniso” e “Asclépio, Hércules” e “Hefesto”, para citar apenas alguns.
Os primeiros filósofos gregos criticaram a mitologia homérica porque, para eles, os deuses eram demasiado semelhantes aos homens.
Na verdade, eram tão egoístas e de tão pouca confiança como nós. Pela primeira vez na história da humanidade se afirmou que os mitos eram a-penas fruto da imaginação do homem.
Dizemos que se deu um desenvolvimento de um modo de pensar mítico para um gênero de reflexão baseada na experiência e na razão.
Um filósofo pode perguntar-se como é que as plantas e os animais surgiram. Um outro pode querer descobrir se Deus existe, ou se os homens possuem uma alma imortal.
A partir do momento em que determinamos qual é o projeto de um determinado filósofo, podemos mais facilmente seguir o seu pensamento. Com efeito, dificilmente um filósofo se ocupa de todas as questões filosófi-cas.
Os filósofos da natureza”
Os primeiros filósofos gregos são designados por “filósofos da natureza”, porque se interessaram, princi-palmente, pela natureza e pelos processos físicos. Procuravam descobrir algumas leis naturais eternas. Desejavam compreender os fenômenos da natureza, sem recorrer aos mitos tradicionais. Acima de tudo, procuravam compreender os processos da natureza através da observação da própria natureza. Isso é completamente diferente da explicação do relâmpago e do trovão, do In-verno e da Primavera, por meio da referência aos aconte-cimentos no mundo dos deuses
Desta forma, a filosofia libertou-se da religião. Podemos afirmar que os filósofos da natureza deram os pri-meiros passos em direção a um modo de pensar “científi-co”. Assim, abriram caminho a toda a posterior ciência da natureza.
O primeiro filósofo de que temos notícia é Tales, da colônia grega de Mileto, na Ásia Menor.
Quando esteve no Egito, viu certamente como os campos ficavam férteis quando o Nilo abandonava as ter-ras que constituíam o seu delta.
Talvez tenha visto também como as rãs e os vermes surgiam à luz do sol depois de ter chovido.
Além disso, é provável que Tales se tenha questio-nado quanto ao modo como a água se pode tornar gelo e vapor — e de novo água.
Afirma-se que Tales disse que “tudo está cheio de
deuses”. Apenas podemos avançar hipóteses sobre a in-terpretação desta frase. Talvez tivesse pensado que a terra era a origem de tudo, desde as flores e as sementes, até às abelhas e baratas. Tinha chegado à conclusão de que a terra estava cheia de pequenos “gérmenes da vida” invisí-veis. O que é certo é que não estava a pensar nos deuses homéricos.
“Tudo flui”, segundo Heráclito. Tudo está em mo-vimento, e nada dura eternamente. Por isso, não podemos “entrar duas vezes no mesmo rio”. Porque quando entro no rio pela segunda vez, tanto eu como o rio estamos mudados.
Heráclito explicou, também, que o mundo é caracterizado por contrários constantes. Se nunca estivéssemos
doentes, não compreenderíamos o que é a saúde. Se nunca tivéssemos fome, não gostaríamos de comer. Se nunca houvesse guerra, não saberíamos apreciar a paz, e se nun-ca fosse Inverno, não saberíamos quando chega a Prima-vera.
Tanto o bem como o mal ocupam um lugar neces-sário no todo, dizia Heráclito. Sem o jogo permanente entre contrários, o mundo terminaria.
“Deus é o dia e a noite, o Inverno e o Verão, a guerra e a paz, a saciedade e a fome”, dizia. Ele utiliza aqui a palavra “Deus”, mas não se refere aos deuses de que falam os mitos. Segundo Heráclito, Deus — ou o divino — é algo que abrange tudo.
Sim, Deus está patente justamente na natureza, que é contraditória e está em transformação constante.
Em vez do termo “Deus”, Heráclito usa freqüen-temente a palavra grega “logos”, que significa razão. Mesmo que nós, homens, não pensemos sempre de modo igual ou não tenhamos o mesmo bom-senso, tem de haver uma espécie de “razão universal”, que governe tudo o que acontece na natureza. Esta razão universal — ou “lei uni-versal” — é comum a todos, e todos os homens se devem orientar por ela. No entanto, a maior parte deles vive se-gundo a sua própria razão particular, segundo Heráclito. Com efeito, ele não tinha uma idéia muito positiva do seu próximo. As opiniões da maior parte dos homens eram, para ele, “brinquedos de crianças”.
Em todas as transformações e contradições da na-tureza, Heráclito via uma unidade ou totalidade. Aquilo que está na origem de tudo, era designado por ele “Deus”, ou “logos”.
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